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Funai nega que servidores foram feitos reféns por índios

Midiamax news
Autor: Osvaldo Júnior
26 de Mai de 2008

A Funai (Fundação Nacional do Índio) desmentiu a informação de que índios terena estariam mantendo dois funcionários do órgão reféns. Neste momento, há quatro funcionários da Funai reunidos na quadra da aldeia Moreira, em Miranda, tratando sobre questões fundiárias. Os índios reivindicam a posse de 400 hectares de terra na zona rural da cidade, que estariam ocupadas por chacareiros e que seriam, de direito, dos indígenas.

"Não sei de onde saiu essa informação. Não tem nada disso. Nós apenas estamos realizando uma reunião interna", afirmou, enfático, o coordenador municipal da Funai, Jair do Prado, que está na aldeia. Em Campo Grande, a Funai confirmou que, no local, apenas acontece uma reunião. A PM (Polícia Militar) de Miranda, que esteve na aldeia após a veiculação do suposto clima de tensão, também reforçou que ninguém está sendo mantido refém.

Na tarde de hoje, começou a ser veiculada, por jornais on-lines, a informação de que dois funcionários da Funai estariam na condição de refém na aldeia Moreira. A suposta ação seria uma forma de reivindicação dos índios por uma área de 400 hectares na região.

O Midiamax ouviu, além de funcionários da Funai e do comandante local da PM, representante dos índios. O indígena Esdra Pereira, 57, confirmou a existência da reivindicação dos 400 hectares na região, mas também negou a manutenção de reféns. "A gente reivindica a posse das terras, mas não chegamos a esse ponto de fazer refém", disse Pereira.

Conforme Esdra, os 400 hectares foram doados pela Prefeitura há décadas, mas acabou sendo ocupada por proprietárias rurais. "Só queremos recuperar o que foi roubado de nós", acrescentou.

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