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Funai inaugura núcleo de apoio em Paranaguá

Gazeta do Povo-Curitiba-PR
13 de Mar de 2002

Centro atenderá as quatro aldeias guarani existentes no litoral do estado

O Fundação Nacional do Índio (Funai) inaugura hoje um Núcleo de Apoio de Apoio Operacional em Paranaguá, litoral do estado, para o atendimento mais próximo das quatro aldeias guarani existentes na região. Os principais objetivos do centro são o acompanhamento de contratos de colaboração entre a Funai e os índios, a assistência das comunidades indígenas, a promoção do desenvolvimento das aldeias e o acompanhamento dos índios na reivindicação de seus diretos nas instituições para a obtenção de benefícios sociais.

O administrador executivo regional da fundação de Curitiba, Antônio Roberto de Paula, ressalta que todas as ações que serão incrementadas pelo núcleo têm como preocupação primordial não interferir, ou pelo menos, interferir de maneira mínima, no cotidiano e na cultura das aldeias. "Iremos promover a melhoria da qualidade de vida e o crescimento lento e natural das aldeias, dentro dos anseios dos índios", diz Paula. A etnia guarani foi uma das que melhor preservou a cultura indígena, mantendo intactos vários aspectos do cotidiano e da religião.

As ações da Funai pretendem dar subsídios para que as aldeias tenham condições de se auto-sustentarem, por meio da agricultura de subsistência e da produção de artesanato, que a fundação ajudará a ser comercializado. Serão evitadas ações assistencialistas pois, de acordo com Paula, tiraria a dignidade dos índios.

A principal dificuldade enfrentada pelas comunidades INDÍGENAS em todo país é a demarcação de terras. Das quatro aldeias do litoral do Paraná, apenas uma delas tem sua área regularizada, na Ilha Cotinga, em Paranaguá.

Um dos objetivos da Campanha da Fraternidade deste ano, promovida pela Confederação dos Bispos do Brasil (CNBB), é a pressionar o governo federal a acelerar a demarcação de terras, por meio de um abaixo-assinado que está recolhendo assinaturas em todo país. "65% da terras INDÍGENAS não está demarcada e 85% delas estão invadidas", afirmou a irmã Ignalda Rocha, um dos membros da equipe executiva da campanha.

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