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Funai, Ibama e Polícia Federal não sabem o que fazer com toras de madeiras apreendidas em Vilhena e Juína, no MT

Rondoniagora-Porto Velho-RO
31 de Jul de 2002

Uma ação conjunta entre a Funai, Ibama, Polícia Federal culminou com a apreensão de 33 mil metros de cúbicos de madeira na região de Juína, no Mato Grosso, divisa com Rondônia. Desse total, cinco mil metros cúbicos em toras, segundo a assessoria da Funai, foram retiradas ilegalmente da Terra Indígena Serra Morena, onde habitam os índios da etnia Cinta Larga, região do município de Vilhena. A madeira, segundo Antenor Gonçalves Bastos, assessor do Departamento de Patrimônio Indígena e Meio Ambiente da Funai (Depima), permanece depositada nas serrarias lacradas, que não justificaram sua procedência. A discussão agora é o destino a ser dado ao material apreendido. A Funai defende que a apreensão seja revertida em benéfico das comunidades indígenas da região atingida pelo desmatamento. Ainda segundo o assessor da Funai, a ação conjunta será estendida a toda a região do entorno das terras indígenas dos Cinta Larga. Bastos acredita que em decorrência da ausência de projetos governamentais, os índios tiveram que se aliar aos madeireiros. "A educação escolar é inexistente na região e a saúde é precária. Somente a repressão, não adiantará. Se não houver um programa paralelo de assistência social, os índios não terão o que comer", lembra o assessor do Depima.

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