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Funai, Exército e PF expulsam madeireiros peruanos do Acre

Site da Funai
10 de Mar de 2004

A atuação ilegal de madeireiros peruanos em território brasileiro, na fronteira do Acre foi abortada, na última semana de fevereiro por policiais federais, soldados do Exército Brasileiro, servidores da Funai e policiais civis da Secretaria Estadual de Segurança. Foram expulsos do país 30 madeireiros que operavam em terras indígenas dos Ashaninka. Eles estavam levando para o Peru troncos de mogno da reserva e operavam na área com o uso de armas de fogo de grosso calibre para intimidar os índios.

O administrador regional da Funai, no Acre, Manoel Gomes da Silva, elaborou relatório detalhado sobre o assunto que será enviado para o presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, ainda esta semana. "O Exército e a Polícia Federal estão construindo pistas na fronteira e um posto de vigilância para impedir a entrada dos peruanos em território brasileiro", comunicou o administrador. Ele disse que a situação agora não está mais sendo tratada pelo Exército como um conflito entre índios e madeireiros, mas sim como questão de segurança das fronteiras brasileiras.

No dia 4 de março a mesma equipe que expulsou os madeireiros voltou ao local para prosseguir as investigações e até ontem ainda não haviam retornado. Os policiais e os funcionários da Funai também estão investigando o tráfico de drogas por peruanos na terra indígena dos Machineri, no Estado do Acre, na fronteira com o Peru, próximo ao Rio Iako.

O serviço de investigações do Exército e da Polícia Federal informou ao administrador do Acre que um grupo de madeireiros peruanos, ligado à mesma empresa que patrocina a ação ilegal na terra dos Ashaninka, pretende invadir o território indígena dos Kashinauá e Ashaninka, na região do Rio Breu. Gomes acrescentou que todas as providências já foram tomadas para impedir a ação dos madeireiros e que o Itamarati já foi notificado para que entre em contato com o governo peruano.

Os Ashaninka deverão apresentar à Funai, ainda este mês, um plano de recuperação das terras degradadas pela ação dos peruanos. O presidente da Fundação, Mércio Pereira Gomes, já se antecipou e disse que dará todo apoio ao projeto, que deverá ser desenvolvido com a participação do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama.

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