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Funai atrasa mapeamento de terra bororo

Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
Autor: Najla Passos
19 de Set de 2002

O Ministério Público Federal (MPF) quer saber por que a Fundação Nacional do Índio (Funai) ainda não iniciou o trabalho de mapeamento da área indígena Jarudore, que deveria abrigar índios da etnia bororo. Uma fonte ligada ao órgão garante, inclusive, que, se a Funai não apresentar uma boa justificativa para o atraso, em um prazo máximo de 24 horas poderá responder A inquérito civil público.

A medida atende à denúncia encaminhada ao órgão pela liderança bororo Agnaldo TimÓteo Comaecureu, em 9 de setembro, que relata o atraso no início dos trabalhos de campo do grupo de antropólogos que deveriam ter sido contratados pela Funai. No documento, Comaecureu relembra que a reserva está totalmente invadida por terceiros.

No ano passado, o MPF instaurou processo de reintegração de posse em favor dos índios. Entretanto, solicitou à Funai que realizasse o levantamento antropológico da área para nortear as decisões. "Não podemos retirar o município de dentro da reserva, mas também não poderemos deixar os índios sem uma área demarcada", afirma uma fonte.

A Funai, entretanto, ainda não cumpriu o combinado. No último dia 9, o procurador-geral da República, Pedro Taques, encaminhou ofício ao órgão cobrando explicações imediatas. A resposta chegou com uma semana de atraso. E é insuficiente: diz apenas que o edital para contratação dos antropólogos já foi publicado.

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