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Autor: Lucia Morel
03 de Out de 2008
Depois que os produtores de Mato Grosso do Sul decidiram realizar uma manifestação em Miranda, amanhã, para protestar contra o suposto descumprimento de acordo da Fundação Nacional do Índio (Funai) sobre os estudos de demarcação, a fundação afirma que que os estudos foram suspensos. "Parte dos antropólogos que compõem os grupos de estudo permanece nas aldeias, pois são colaboradores antigos da Funai em outros projetos, como a documentação de línguas indígenas", justifica a fundação.
Na quinta-feira (25), em reunião na Federação de Agriultura e Pecuária de MS (Famasul), os produtores rurais donos de propriedades localizadas em municípios atingidos pelas portarias da Funai, decidiram pela manifestação em Miranda e ainda acusaram a fundação de descumprir o acordo firmado entre ela e o governo do Estado no dia 15 de setembro, pela paralisação dos estudos demarcatórios em Mato Grosso do Sul.
O presidente do sindicato rural de Miranda, Élzio Neves Barboza disse que os estudos no município não foram paralisados e que o processo de demarcação estão avançados, sendo que a Funai já realiza vistorias emm certas propiedades para avaliar as indenizações pelas benfeitorias feitas nas terras pelos produtores.
O presidente do sindicato rural de Amambai, Cristiano Bortolotto afirmou na quinta-feira que antropólogos da Funai estariam atuando na "surdina" em aldeias da região. "Não sei o que eles estão fazendo, mas que estão ativos estão", declarou.
A Funai nega que tenha quebrado o acordo e justifica que todos os trabalhos realizados e portarias publicadas depois do dia 15 de setembro já estavam agendados e não fezem parte do acordo feito com o governador André Puccinelli (PMDB).
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