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Frankembergen busca apoio do PTB e da Frente Evangélica

Brasil Norte-Boa Vista-RR
18 de Jan de 2004

Deputado exige que os interesses de Roraima e do Brasil estejam acima dos pleitos dos países do primeiro mundo

Pastor Frankembergen: "A União está impedindo um filho, neste caso o Estado de Roraima, de crescer e tornar-se independente"

O deputado federal Pastor Frankembergen terá duas importantes reuniões esta semana, período em que se inicia a convocação extraordinária do Congresso, para tratar sobre a indefinição fundiária e a problemática indígena no Estado. Quer o apoio maciço da Frente Parlamentar Evangélica e da bancada do PTB, sigla que preside em Roraima.

A intenção do parlamentar é sensibilizar os 53 deputados e os 4 senadores do PTB, além dos 58 deputados e 3 senadores da Frente Evangélica no Congresso, sobre a situação fundiária de Roraima. "Depois de mais de 13 anos de institucionalizado, o Estado não tem domínio sobre suas terras e sofre com as ampliações de reservas indígenas", frisou.

Pastor Frankembergen está confiante nesta articulação que terá como enfoque inicial a homologação da Raposa/Serra do Sol. "Espero que essas bancadas assumam a causa, e nos ajudem no diálogo junto ao governo Lula. Não sou contra demarcações, mas precisam ter critérios justos. Forças internacionais não podem sobrepor os interesses nacionais".
De acordo com o petebista, a questão indígena em Roraima chegou a ser tema de conversa entre Lula e Bush, durante o encontro das Américas, semana passada, no México. "Isso não é tolerável. A demarcação tem que ser racional, sem prejudicar moradores seculares. Afinal, desalojar produtores de suas terras contradiz a proposta do PT", ressaltou.

Ele comentou ainda que as áreas alagadiças onde estão os rizicultores, na borda do território pretendido para Raposa/Serra do Sol, não servem para nenhum outro tipo de produção. "É absurdo propor retirá-los. O segmento representa geração de riquezas na Amazônia. São R$ 70 milhões anuais ou cerca de 10% do PIB de Roraima", disse Pastor Frankembergen.
Reforçando este aspecto, afirmou o deputado, a rizicultura naquela área é responsável por 6 mil empregos, entre diretos e indiretos. "Se o Governo Federal conseguir indenizá-los, quem nos garante que continuarão no Estado ou mesmo no Brasil. A Venezuela e a Guiana têm oferecido vantagens para brasileiros produzirem em suas terras", alertou.

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