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Fórum Social Urbano debate conflitos socioambientais

Agência Brasil - www.agenciabrasil.gov.br
Autor: Isabela Vieira
25 de Mar de 2010

Os participantes do Fórum Social Urbano (FSU) discutem hoje (25) os conflitos socioambientais no desenvolvimento das cidades e do campo. Estudiosos das universidades estadual e federal do Rio de Janeiro, de movimentos da sociedade e de associações de classe apresentam situações que se configuram como "injustiças ambientais".

O foco do debate é o impacto e a ausência de controle social sobre a instalação de grandes empreendimentos como siderúrgicas, hidrelétricas, portos e lixões. O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marcelo Firpo, destacou que por mais modernos que sejam os equipamentos, eles não garantem menos impacto socioambiental.

"Mais conhecimento não significa menos injustiça social ou menos degradação", disse há pouco, em palestra.

A reforma agrária como forma de pacificar os conflitos do campo também é um dos destaques da programação de hoje. O tema será abordado pelo ex-procurador de Terras do Rio de Janeiro, Miguel Baldez, que acompanhou processos de expropriação no estado, como a construção da BR-101, que criou conflitos rurais como a grilagem e a remoção de comunidades tradicionais. A mesa também terá a professora da Universidade de São Paulo, Hemínia Maricato.

Durante a tarde, o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), sociólogos e pesquisadores da Universidade Federal Fluminense junto com o Comitê a Baía de Sepetiba pede Socorro, prometem denunciar e discutir os impactos da construção de um pólo siderurgico e do Porto de Itaguaí na localidade, além das ameaças contra uma colônia de pescadores que denuncia os impactos da obra.

"Esse desenvolvimento traz impactos para pelo menos 8 mil famílias que viviam da pesca na região", disse Rosilene de Freita , do comitê em defesa da baía. "É um modelo de desenvolvimento que não nos respeita", completou.

O Fórum Social Urbano também vai compilar as propostas e discussões em uma carta final para que possam ser defendidas como políticas públicas. Na noite de hoje, uma plenária construirá um documento com alternativas para luta por habitação e pelo direito à cidade, contra a privatização de espaço públicos, a criminalização da pobreza e a discriminação dos grupos vulneráveis.

http://www.agenciabrasil.gov.br/?q=node/2881

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