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Flagrante: Quelônios são encontrados mortos na Resex/Arapiuns

O impacto - http://www2.oimpacto.com.br
Autor: Carlos Cruz
11 de Out de 2012

Esta semana, os ribeirinhos que moram na comunidade Pascoal, situada no rio Arapiuns, próximo a Cachoeira do Aruã, saíram para votar na comunidade Mentai e na volta, encontraram em meio do caminho vários quelônios (tracajás) mortos. Além dos animais, também foram encontradas redes de pesca usadas para fazer arrastão. O pior de tudo isso é que o estranho achado estava em plena área da Reserva Extrativista do Tapajós (Resex/Arapiuns), onde deveria haver uma fiscalização mais rigorosa por parte do Ibama ou Icmbio, mas ao que parece a fiscalização ou é muito escassa dentro da reserva ambiental, sem material humano ou infra-estrutura suficiente, ou então não existe.

Fato é que segundo os moradores da região, não é a primeira vez que crimes ambientais dessa espécie são flagrados dentro da Resex, e também não é a primeira vez que os moradores tentam chamar a atenção das autoridades. "O que aparece por aqui, vez por outra, são fiscais do Icmbio, mas é muito raro", disse um comunitário.

Arrastão: Conforme informaram moradores da região, antes se encontrava muito peixe no local, hoje a pesca de arrastão se encarregou de diminuir o cardume no local. "Os pescadores de arrastão agem geralmente à noite, usam batelão para pescar quelônios (tracajá, pitiú, tartaruga), mas os peixes brancos, como eles denominam, são pescados mesmo por pessoas que praticam o crime ambiental dentro d´água, sem ajuda de embarcações", disse um dos comunitários, citando que os barcos são usados neste caso somente para transportar clandestinamente os peixes.

"Antes isso aqui era um paraíso, com muita fartura de peixes, hoje o que mais se encontra neste rio é lodo", disse um comunitário. O fato de não querer divulgar suas identidades, é mesmo para preservar suas vidas. Sem poder identificar quem comete o crime ambiental, e sem apoio devido das autoridades de fiscalização do Ibama, Ongs ou outras instituições do gênero, resta ficar no anonimato.

A comunidade Pascoal, onde foi registrado o flagrante, inclusive com fotos e filmagens, possui cerca de 60 famílias que formam a pequena comunidade. No domingo, 07, tiveram que se dirigir à comunidade Mentai, também dentro da Reserva Arapiuns. Na volta, fizeram a estranha descoberta, onde redes de pesca estavam amontoadas, misturadas com tracajás já em decomposição. Com o registro do estranho achado, esperamos que as autoridades do Ibama e ICmbio tomem as devidas providências para pôr fim a mais este descaso ambiental.

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