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Ferrovia e acusada de nao remover oleo corretamente

OESP, Vida, p.A14
02 de Mai de 2005

Ferrovia é acusada de não remover óleo corretamente
Rodrigo Morais
O chefe da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, Breno Herrera, acusou ontem a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), empresa controlada pela Companhia Vale do Rio Doce, de ter ignorado a orientação para o uso de máquinas de jateamento de água que removeriam óleo diesel nas margens do Rio Caceribu. A área foi contaminada com 60 mil litros do produto na quinta-feira, após o descarrilamento de um trem da FCA. O gerente de Meio Ambiente da empresa, Newton Viguetti, garantiu que a ferrovia, multada em R$ 10 milhões pelo Estado, segue as orientações do Ibama.
"O óleo formou poças, queimou a vegetação, que funciona como uma esponja, e está voltando para o rio aos poucos", disse Herrera. "A orientação foi ignorada e isso vai agravar a situação da empresa", acrescentou. O Ibama só vai se pronunciar sobre uma possível multa no fim da operação. As margens dos rios são consideradas Áreas de Proteção Permanente, protegidas por lei federal.
Viguetti disse que a FCA contratou três empresas de atendimento de emergência com experiência internacional. Segundo ele, as máquinas de jateamento foram usadas, mas só hoje a empresa apresentará um balanço das operações.
"A retirada desse material é muito difícil, o óleo entra na cadeia alimentar, contaminando os caranguejos e os peixes", disse Herrera. Para ele, as conseqüências do desastre foram agravadas pelo atraso da FCA na comunicação do acidente às autoridades ambientais.

OESP, 02/05/2005, p. A14

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