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Família Petit vai à Corte Interamericana

Jornal da Cidade do Bauru - http://www.jcnet.com.br/
Autor: Monise Centurion
20 de Mai de 2010

A Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) inicia hoje, em San José, na Costa Rica, o julgamento do governo brasileiro pela detenção arbitrária, tortura e desaparecimento de 70 pessoas ligadas à guerrilha do Araguaia, durante a ditadura militar (1964-1985). Irão acompanhar o julgamento Clóvis e Laura Petit, irmãos de Maria Lúcia, Jaime e Lúcio, mortos durante a guerrilha, que já viajaram para a capital daquele país.

É a primeira vez que o caso leva o Brasil à corte desde a criação dessas instâncias. A ação poderá condenar internacionalmente o Brasil a não mais usar a Lei de Anistia como argumento para isentar de punição acusados de crimes contra a Humanidade cometidos na ditadura. No Chile e Peru, os governos foram obrigados a abandonar suas leis de anistia diante da condenação emitida pela Corte na Costa Rica.

Até hoje, apenas duas ossadas foram localizadas oficialmente: de Maria Lúcia Petit da Silva, enterrada no cemitério Jardim do Ypê de Bauru em 1996, e Bérgson Gurjão Farias, sepultado em Fortaleza (CE), no ano passado. O Exército do Brasil retomou as buscas dos guerrilheiros desaparecidos esta semana.

A guerrilha foi articulada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B) com objetivo de criar uma área livre no Pará, mobilizar a população camponesa e combater o regime militar (1964-1985). O conflito começou em abril de 1972 e terminou em janeiro de 1975, na região de Xambioá (TO) e reserva indígena de Suruí (PA).

http://www.jcnet.com.br/detalhe_politica.php?codigo=183376

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