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Falta diálogo na questão do potássio

A Crítica - acritica.com
28 de Fev de 2024

A licença concedida pelo Ipaam à Potássio do Brasil, empresa de fertilizantes que investe na extração de sais de potássio do subsolo do Amazonas, está suspensa pela Justiça Federal desde o ano passado

O imbróglio em torno da exploração da reserva de potássio no município de Autazes segue sem sinais de solução. No capítulo mais atual da novela, o Ibama reitera a competência do Ipaam, órgão ambiental do Estado, para promover o licenciamento ambiental da exploração do minério. A licença concedida pelo Ipaam à Potássio do Brasil, empresa de fertilizantes que investe na extração de sais de potássio do subsolo do Amazonas, está suspensa pela Justiça Federal desde o ano passado.

O motivo foi uma ação movida pelo Ministério Público Federal em face de possíveis irregularidades, inclusive no que diz respeito à participação do povo indígena Mura no processo.

Na análise do problema, alguns fatos estão postos: o Amazonas precisa explorar sua enorme reserva de potássio, com potencial para suprir toda a demanda do País por esse minério, matéria-prima de fertilizantes. Por outro lado, os povos indígenas, assim como ribeirinhos e toda a população que será impactada pela atividade mineradora deve, efetivamente, participar do processo, até para garantir seu próprio bem-estar e preservação de seus valores. Em vez de uma batalha judicial, seria mais apropriado um debate franco, amplo e transparente, envolvendo todos os atores, para que se encontre um denominador comum e ocorra a exploração sustentável e socialmente responsável.

A essa altura, troca de acusações e cabo de guerra entre instituições certamente não devem levar a nenhuma solução. O diálogo precisa ser restabelecido com urgência. A guerra entre Rússia e Ucrânia, que acaba de completar dois anos, tem impactado severamente no custo do insumo. Nesse cenário, a exploração das reservas amazonenses seria uma oportunidade.

Porém, o Brasil continua gastando milhões de dólares na importação de um produto que poderia fabricar aqui mesmo. O Amazonas conseguiria, finalmente, diversificar sua base econômica, há décadas dependente da Zona Franca de Manaus. O Estado atingiria um novo patamar econômico, com progresso difundido no interior.

Enquanto o tema não avança, o potencial mineral do Estado segue indefinidamente no campo das potencialidades.

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