Falta de recursos humanos dificulta ações da Funai

Apesar dos ingentes esforços do administrador Executivo Regional da Funai - a Fundação Nacional do Índio, em Rondônia, o órgão indigenista não tem estrutura para combater sistematicamente as invasões das terras indígenas do Estado. Isto porque, o gigantismo das áreas dos silvícolas inviabiliza qualquer operação de fiscalização.
"Nosso grande problema é estrutural, pois somos deficientes no que diz respeito a recursos humanos e, por isso, temos que nos desdobrar para evitar que essas invasões ocorram, numa imensa extensão territorial", comentava, ontem, o chefe do Setor de Fiscalização da Funai, Sebastião Bezerra Leal, citando, como exemplo, o caso dos Uru-Eu-Wau-Wau, cuja área mede 1.867.698 hectares.
Se é difícil fiscalizar ostensivamente a área dos Uru-Eu-Wau-Wau, com os poucos fiscais disponíveis, imagine-se ter que ficar vigilante para que as outras terras indígenas, como a dos Karipunas, Karitianas (e parte do Amazonas), também, não sejam invadidas por grandes grupos de grileiros, garimpeiros e, principalmente, madeireiros.
No entanto, a despeito da falta de mais recursos humanos, a Administração Executivo Regional da Funai, tem apoiado os trabalhos de fiscalização. "Além do esforço da atual administração da Funai, contamos ainda com o apoio da direção central do órgão, em Brasília. Daí, termos conseguido, não solucionar definitivamente, mas, pelo menos, amenizar os problemas", disse Bezerra, ao destacar o empenho do presidente da Funai, Mércio Pereira, em ajudar o administrador Rômulo de Sá na árdua tarefa de manter incólumes as terras indígenas de Rondônia.