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Faculdade desenvolve projetos em aldeia

A Tribuna - Santos - SP
11 de Dez de 2000

A Universidade Federal de Sào Paulo (Unifesp) - antiga Faculdade Paulista de Medicina - assinou protocolo de intenções com a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), com o objetivo de desenvolver projetos culturais dentro da Aldeia Indígena Rio Silveira, em Boraçeia, como parte do projeto Bertioga Município Saudável, coordenado pela USP. A Unifesp já trabalha com a questão indígena há 35 anos.

Conforme a Prefeitura, técnicos de ambas as universidades estiveram reunidos na Faculdade de Saúde Pública, na Capital, juntamento com representantes do Município e da comunidade indígena, discutindo detalhes do projeto e o planejamento de oficinas do futuro apresentado pelo grupo Guarani em semin
ário municipal que aconteceu no sábado, no salão de Convenções do Centro de Lazer e Férias do Sesc de Bertioga.

A reunião coordenada pela professora Ana Maria Caricari, da USP, contou com a participação do sanitarista Douglas Rodrigues, coordenador do Projeto Xingu. Também participaram o cacique e vice-cacique da aldeia Rio Silveira, Adolfo Timóteo (Wera Mirim) e Antônio Mecena (Karai Gwyra), respectivamente; o chefe do posto da Fuani, em Bertioga, Márcio Alvim do Nascimento, e a secretária de Educação e Desenvolvimento Cultural de Bertioga, Nacima Mahamud Navajas.

Qualidade de Vida - Ana Maria Caricari abordou o projeto Bertioga Município Saudável, que está sendo desenvolvido na cidade desde março, cujo objetivo maior é planejar ações para propiciar qualidade de vida à população, em diversos setores. Ela informou que o trabalho, que está em andamento, envolvendo realização de pesquisa e oficinas de sensibilização, além das oficinas do tururo, seia avaliado durante o seminário.

A comunidade Guarani, conforme o cacique Adolfo, definiu o que seria apresentado no evento, que reuniu sete grupos de trabalho, divididos por áreas. Ele informou que a aldeia tem uma série de projetos a serem viabilizados, dentre os quais se destacam os da área de Educação; subsistência; música e cultura em geral.

Mas a preocupação maior é a educação. A Prefeitura de Bertioga mantém, desde 97 na aldeia, uma escola, montada em módulos de contêineres, e que será substituída por um prédio definitivo, que será inaugurado no dia 20. A unidade atende 58 crianças índias. Além de docentes da rede municipal, o professor índio Antonio Macena ensina a língua guarani, e faz a tradução para o português.

Macena informou que na área de educação o projeto que está em andamento é o da formação de professores indígenas. Conforme o professor, com a entrega do prédio será possível ampliar ainda os projetos direcionados à comunidade indígena. A secretária de Educação ressaltou que, já a partir do próximo ano, com a escola definitiva em funcionamento, será implantado o curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA), por meio do Telecurso.

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