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Extrativistas do país se reúnem em Bragança

Ideflor/PA - www.ideflor.pa.gov.br
Autor: Flávia Ribeiro
27 de Out de 2009

Representantes de extrativistas de todo o país se reúnem de hoje, 26, até o próximo dia 30, em Bragança, no nordeste paraense, no Seminário Nacional das Reservas Extrativistas Costeiro-Marinhas. O evento está sendo realizado, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor), com apoio da prefeitura de São João da Ponta, Instituto Acquamazon, Secretaria de Estado de Agricultura, Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), Conselho Nacional dos Seringueiros, Instituto Federal do Pará - Bragança, Central das Associações de Usuários das Reservas Extrativistas Marinhas do Pará - Caurem, entre outros.

São esperadas 100 lideranças de 22 reservas extrativistas (Resex) do Brasil, das quais nove resex são do Pará. "No evento vamos discutir medidas para consolidação territorial e políticas públicas integradas que tragam melhorias para setor" afirmou Waldemar Vergara, coordenador do evento e gestor da Resex Marinha de São João da Ponta.

No Pará, estima-se que mais de 30 mil famílias estejam envolvidas com o extrativismo. O Governo do Estado, por meio do Ideflor, desenvolve o programa "Extrativismo Vivo", que visa o fortalecimento do setor extrativista. "Estamos identificando as demandas do mercado, onde estão as comunidades organizadas, a produção e os produtos. Com essas informações poderemos fazer o Plano Safra do setor e o Plano Estadual do Extrativismo", comentou Antônio Silva, coordenador de Extrativismo do Ideflor.

O Ideflor ainda coordena a Comissão Estadual de Extrativismo (Comex), que congrega várias entidades e visa, entre outros, combater a marginalização da economia extrativista e o empobrecimento dos produtores com baixa remuneração monetária de seus produtos.

Produção - De um total de 37 itens ou produtos não-madeireiros, os que mais se destacam por causa da produção são os frutos de açaí (R$ 103,2 milhões), amêndoas de babaçu (R$ 102,2 milhões), fibras de piaçava (R$ 88,9 milhões), erva-mate nativa (R$ 86,9 milhões), pó cerífero e cera de carnaúba (R$ 48,6 milhões e R$ 13,3 milhões, respectivamente), castanha-do-pará (R$ 43,9 milhões), palmito nativo (R$ 9,9 milhões), látex coagulado de hévea ou seringueira nativa (R$ 7,9 milhões). Em conjunto esses produtos, somaram 93,7% do valor total da produção extrativista vegetal não-madeireira do País, em 2008 (R$ 539,2 milhões). Silva informa que região Norte do Brasil detém 90,7% da produção nacional de açaí (fruto), 98,3% da produção de castanha-do-pará, 11,3% da produção de fibras de piaçava, 94,7% da produção de palmito e 99,8% da produção de látex coagulado de hévea.

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