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Autor: Márcio Vaqueiro
20 de Fev de 2013
A vida do símbolo da resistência do povo guarani, feito herói nacional por meio de decreto, é a principal atração do Museu Nossa Senhora do Rosário Bom Fim. A história do índio Sepé Tiarajú é contada de forma didática através de uma mostra temporária organizada pela administração do museu, composta pelas professoras Marilene Dotto, Maria de Lourdes, Maria do Carmo e Fernanda Heberlê. O conteúdo ficará a disposição para visitação até o dia 7 de março. A Exposição, lançada no dia 5 de fevereiro, integra as atividades sobre a morte do índio missioneiro.
Para a diretora do museu, professora Marilene Dotto, os relatos são muito claros e a cultura do povo guarani rica em detalhes, capazes de apaixonar as pessoas que admiram a história. A disposição dos expositores simboliza uma Oca e na parte central estão colocadas peças do acervo do Museu João Pedro Nunes, como urnas funerárias, lanças e remos.
"Ao ler o conteúdo exposto, é feita uma caminhada na verdadeira e autêntica história recolhida de documentos sobre a guerra guaranítica", diz a diretora. A direção do museu também está disponibilizando funcionários para acompanhar os visitantes e dar explicações sobre o tema. As visitações podem acontecer de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18 horas.
O BRASIL TEM TRÊS HERÓIS
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e Câmara Federal tornaram o índio Sepé Tiarajú, por meio de decreto lei, um dos três heróis nacional. Além dele, também são considerados Tiradentes e Zumbi.
A professora Maria de Lourdes, uma das organizadoras da mostra, conta detalhes de um evento realizado na distante década de 50, quando, ainda criança, acompanhou de perto as atividades que oficializaram a Sanga da Bica como local da morte do índio guarani. A solenidade foi acompanhada, na época, por jornalistas das revistas Cruzeiro e Manchete. Autoridades do país interam também estiveram presentes. Parte desta história é registrada em obras que integram o acerco da Biblioteca Nacional.
A HISTÓRIA RESUMIDA
A Exposição mostra do nascimento de Sepé Tiarajú, em uma aldeia jesuítica, a sua morte, em São Gabriel, em 7 de fevereiro de 1756. Conta detalhes da segunda batalha, que resultou na morte de 1.200 a 1.720 índios, com ataques de tropas portuguesas e espanholas com a utilização de escravos, bandeirantes, índios minuanos, nômades, bandidos, ladrões e latifundiários, totalizando mais de quatro mil homens.
Durante a Batalha do Caiboaté, as tropas de Portugal e Espanha tiveram a baixa de apenas quatro homens. A história conta que o índio Sepé Tiarajú foi enterrado as margens do Rio Vacacaí, sendo identificado por comandantes das tropas portuguesas e espanholas através de livros de orações e cartas que portava.
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http://www.saogabriel.rs.gov.br/2013/noticia/leitura/3014/exposicao-ret…
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