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Exposição mostra acervo do Museu de História Natural da UFMG

Fala Fácil (MG) - http://migre.me/mQGy
Autor: Walter Sebastião - EM Cultura
08 de Mar de 2010

O importante acervo científico e artístico do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG ganha nesta segunda exposição no Centro Cultural da UFMG. A mostra reúne arte plumária indígena, peças arqueológicas, cerâmicas do Jequitinhonha e objetos de pesquisas botânicas e astronômicas, além de trabalhos desenvolvidos pela instituição. A ação, como explica Fabrício Fernandino, diretor do MHNJB, tem como objetivo a interação com o público, ressaltando a importância do conhecimento como instrumento de transformação social.

O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG está situado em área de 600 mil m², no Bairro Santa Inês, em Belo Horizonte. Como explica Fernandino, curador da exposição com Cláudia Cristina Cardoso e Mário Sousa Júnior, o acervo é variado e centrado no conhecimento da vida, do meio ambiente e das ciências. A peça mais conhecida é o presépio Pipiripau, criado por Raimundo Machado. Entre os trabalhos desenvolvidos no local está o projeto Quatro Estações. Todos estes aspectos vão estar na mostra do Centro Cultural, que leva o nome de Arte, ciência, ensino e sociedade.

Itinerância "Gostaríamos que a exposição fosse oportunidade de conscientização da importância da vida, do meio ambiente e dos museus. Temos acervo diferenciado que oferece muitas possibilidades de conhecimento", justifica Fernandino. Preciosa, no acervo MHNJB, aponta o diretor, é a enorme área natural onde está instalada a instituição, que abriga várias espécies vegetais e animais. Desafio, explica, é a preservação e manutenção de coleção, além da necessidade de modernização das instalações, em parceria com instituições públicas e privadas e órgãos do patrimônio.

A apresentação desse acervo fora da sede vem ocorrendo há cerca de quatro anos. Já foram realizadas mostras na Reitoria da UFMG e na rodoviária. "A proposta é ampliar as ações deste tipo", avisa o diretor. Ele conta que o Centro de Desenvolvimento Científico adquiriu caminhão e acervo científico para um museu itinerante, inclusive com sistema para projeção 3D, e interativo, promovendo mostras de ciências nas escolas. Outra parte do acervo do MHNJB vai estar no Espaço do Conhecimento, a ser criado na Praça da Liberdade.

Para Fernandino, o mérito dos museus brasileiros é tornar pública a diversidade cultural, natural, artística e social do Brasil. "É trabalho educativo, de difusão de conhecimento. E educação é essencial no projeto de construção de uma nação e de uma sociedade", completa. Problemas maiores são o financiamento das instituições e a capacitação dos recursos humanos. "Mesmo que vários órgãos tenham conseguido financiamentos nos últimos três anos, temos muitos museus e a demanda estava reprimida."

A carência de cursos de museologia forma outro nó que complica a questão da capacitação dos recursos humanos. "E cada vez mais temos necessidade de quadros técnicos", explica, lembrando, ainda, carências na área de gestão pública. A boa notícia, comemora Fernandino, é o crescimento do público, que, no caso do Museu de História Natural, em quatro anos saltou de 40 mil para 100 mil visitantes/ano em 2009.

Arte, ciência, ensino e sociedade
Exposição do acervo do Museu de História Natural de Jardim Botânico, no Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174, Centro), de segunda a sexta-feira, das 10h às 21h; sábados e domingos, das 10h às 18h. Até 30 de março. Entrada franca. Informações: (31) 3409-1090.

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