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Evento na Índia discute comércio de espécies

OESP, Geral, p. A8
11 de Out de 2004

Evento na Índia discute comércio de espécies
Elefantes, leões e baleias estarão na pauta de discussões da Cites esta semana

BANGCOC - Ambientalistas, cientistas e negociadores da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (Cites) devem debater essa semana sobre a proteção de baleias, elefantes e leões. A convenção, que está reunida desde a semana passada na Tailândia, já adotou propostas para regulamentar a exploração de várias espécies de plantas e proibiu o comércio de uma espécie rara de golfinho. Agora, volta sua atenção para os grandes mamíferos.
Estados africanos devem apresentar hoje um plano continental para combater o tráfico de marfim, que ameaça a preservação dos elefantes. Pelo projeto, todos os países que têm um mercado doméstico de marfim devem tomar medidas para controlar ou extinguir esse comércio. "Ainda há um mercado ilegal enorme de marfim por toda a África", disse John Sellar, um oficial da Cites.
"É tão óbvio e tão enorme que certamente deve envolver corrupção por parte dos governos." O comércio internacional de marfim é proibido pela Cites há 15 anos.
A convenção também deverá avaliar uma proposta do Japão para facilitar a pesca de baleias e outra do Quênia, para conferir maior status de proteção aos leões. Já Madagáscar e Austrália pedirão a regulamentação do comércio de tubarões-brancos.
Ursos - Ambientalistas também querem que a Cites pressione autoridades indianas a tomar medidas de proteção para os chamados ursos-preguiças, uma espécie de urso negro muito usado como "artista" em circos e ruas do país. Eles são capturados ainda pequenos e treinados para tocar instrumentos, fazer malabarismos e coisas do tipo - muitas vezes por meio de maus-tratos -, com o intuito de arrecadar dinheiro. Segundo a organização Wildlife SOS, a população selvagem dos ursos caiu de 10 mil, em 1997, para cerca de 4 mil. (Reuters)

OESP, 11/10/2004, Geral, p. A8

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