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Autor: Bruno Calixto
12 de Ago de 2016
Os secretários de Meio Ambiente dos nove estados da Amazônia Legal se reuniram nesta sexta-feira (12) em Brasília para discutir políticas para financiar a conservação da Floresta Amazônica. O encontro, um fórum informal dos Estados, discutiu propostas para um mecanismo chamado Redd - Redução de Emissões de Desmatamento e Degradação.
ÉPOCA conversou com dois secretários presentes na reunão. Eles explicam que os estados querem maior participação nas definições de políticas de clima e floresta, que, segundo eles, está atualmente centralizado na esfera federal.
O Redd é um mecanismo de mercado criado para estimular países a manter a floresta em pé. A ideia é que países que mais poluem ou empresas possam comprar créditos de carbono das áreas florestais, repassando assim recursos para quem conserva a floresta. Esse mecanismo, negociado nas convenções internacionais do clima, já está regulamentado no Brasil. Porém, a regulamentação é centralizada no poder federal. Os estados querem mudar as regras para poder negociar individualmente acordos de Redd com empresas e outros países.
"A Amazônia fez uma grande redução no desmatamento, e isso permitiu ao governo federal apresentar uma meta ousada na Conferência de Paris. Por isso nós queremos ser ouvidos, queremos ser inseridos nas políticas conduzidas pelo governo federal", diz o secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Antônio Stroski.
Um dos pontos importantes debatido pelos secretários é em como reverter a atual tendência no desmatamento. Após vários anos em queda, o desmatamento voltou a subir no primeiro semestre deste ano. Os dados de junho deixaram os secretários em alerta. Segundo o secretário de Meio Ambiente do Pará, Luiz Fernandes Rocha, o caminho será investir em inteligência. "Nossa intenção é integrar as inteligências dos órgãos estaduais e do governo federal. Os estados poderão agir conjuntamente, em determinados momentos um estado pode até atuar em outro, no combate às quadrilhas do desmatamento ilegal."
O último boletim de desmatamento, referente a junho, mostra que os desmatadores estão usando novas estratégias para conseguir furar o sistema de monitoramento de satélite e evitar as operações do Ibama. A consequência disso foi uma alta de quase 100% no desmatamento de junho.
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