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Estado e Funai buscam solução para conflito em área dos parecis

Midianews-Cuiabá-MT
06 de Set de 2003

O superintendente de Política Indígena do Governo de Mato Grosso, Idevar Sardinha, acompanha o grupo que buscará alternativas para solucionar o conflito dos índios da etnia pareci, que desde o dia 2 de setembro tomaram como reféns cinco funcionários da Funai de Tangará da Serra (a 238 km da Capital), em uma aldeia próxima á cidade. A previsão é que a equipe fique na região até este domingo (07).

Tendo em vista sua vasta experiência como indigenista, Idevar Sardinha disponibilizará seus conhecimentos para auxiliar os funcionários da Funai na busca de solução do problema. Deslocaram-se para Aldeia Bacaval três membros da Funai de Brasília: Ronaldo Lima de Oliveira, coordenador de Desenvolvimento Comunitário, Elcio Marcelo de Souza, coordenador-geral de Patrimônio Indígena e Meio Ambiente, e Ana Maria Carvalho, procuradora.

Os funcionários reféns foram abordados pelos índios quando tentavam negociar o desbloqueio da MT-235, conhecida como "Nova Fronteira" e que está interditada por membros da etnia desde domingo (31.08). Estão retidos na aldeia o chefe do serviço de Patrimônio e Meio Ambiente da Funai, Carlos Márcio Vieira de Barros, o auxiliar do mesmo cargo Sérgio Santana Toledo, o chefe do posto indígena pareci Gonçalo de Assis Poquiviqui, além de Nelson Dias de Almeida Filho e Osvaldo Borges Pinto, que também comandam postos na área de jurisdição do órgão, na região de Tangará da Serra. A rodovia interditada liga o Município a Sapezal e Campo Novo do Parecis.

Os parecis ocupam uma área de cerca de um milhão de hectares na região de Tangará, mas reclamam de falta de apoio do Governo Federal para o fomento à produção agrícola e a conseqüente subsistência das famílias. Eles estariam reivindicando alternativas para plantar lavouras mecanizadas. O escritório da Funai em Tangará tem orçamento anual para auxiliar o plantio em 53 aldeias, com dois mil índios, de R$ 80 mil, dinheiro considerado insuficiente para trabalhar a terra em região de cerrado.

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