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Estado divulga inventário de emissões

O Globo, Ciência, p. 35
04 de Dez de 2007

Estado divulga inventário de emissões
Indústria e transporte aparecem em primeiro lugar, mas desmatamento é alto

Roberta Jansen

A queima de combustíveis fósseis, sobretudo pelos setores da indústria e do transporte, é a maior fonte de emissões de gases do efeito estufa do Rio de Janeiro, segundo apontou um levantamento inédito apresentado ontem pela Secretaria de Estado do Ambiente. É a primeira vez que um estado brasileiro faz um inventário desse tipo e o objetivo é ter subsídios para desenvolver ações de mitigação e prevenção do problema.

- As emissões do Rio seguem um padrão diferente das do Brasil como um todo - constatou a superintendente de Mudanças Climáticas e Mercado de Carbono da secretaria, Suzana Kahn, integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU. - Em geral, a maior fonte de emissão brasileira (70%) é o desmatamento. No caso do Rio, é a queima de combustível fóssil dos setores da indústria (38%) e do transporte (15%).

Curiosamente, no entanto, surge em terceiro lugar (10% do total) como a maior fonte de emissões do estado "mudanças no uso do solo" - termo que engloba desmatamento, queimadas e também alguns procedimentos da agricultura e da pecuária. Num estado em que já não há quase remanescentes de Mata Atlântica, o número pode ser considerado muito alto, sobretudo nos grandes centros urbanos que continuam se expandindo às custas das florestas.

- Esse termo não se refere apenas ao desmatamento - explicou Suzana. - Na região metropolitana e litorânea essas emissões acontecem pelo aumento da área urbana e conseqüente perda da cobertura vegetal.

Mas, no norte do estado, está mais ligado a práticas agrícolas e pecuária.

Segundo o secretário do Ambiente, Carlos Minc, um termo de compromisso a ser assinado com a Fetranspor prevê o uso de 5% de biodiesel no diesel, entre outras determinações que reduzirão as emissões em 40% até 2012. Para o licenciamento de novas indústrias, será exigida a adoção de tecnologias redutoras de emissões e um percentual de uso de energia limpa.

O Globo, 04/12/2007, Ciência, p. 35

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