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24 de Nov de 2010
Técnicos ambientais, pesquisadores de diversas instituições científicas do Amazonas, de outros estados e representantes de movimentos sociais que atuam na implementação de Áreas Protegidas estão reunidos em Manaus para debater os avanços das políticas públicas de conservação da biodiversidade.
O encontro organizado pelo Centro Estadual de Unidades de Conservação (CEUC), vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), acontece até sexta-feira, no Studio 5, zona Leste de Manaus, com representantes dos Estados como o Acre, Amapá, Pará, além do Mato Grosso.
De acordo com o coordenador do CEUC, Domingos Macedo, o encontro tem o objetivo de discutir os avanços obtidos nos últimos oitos anos da gestão das Unidades de Conservação. "Vamos fazer um balanço das conquistas e dos processos de criação ao longo desses anos", disse Macedo. Segundo ele, o encontro servirá ainda para discutir e trocar experiências com as políticas públicas implementadas em outros estados.
Além da apresentação dos resultados obtidos durante esses anos, a programação dos seminários prevê ainda a apresentação da Política Estadual de Conservação da Biodiversidade, lançamentos de publicações como DVDs com a série técnica dos planos de gestão, abertura do protocolo de criação de reservas privadas.
Dentre os convidados estão Rogério Cabral, especialista em planejamento de áreas protegidas do Instituto Nexus, e Raimundo Marinho da Silva, especialista em organização comunitária do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá - IDSM. O professor de Escologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e especialista em Geoprocessamento, Eduardo Denticinngue, além do consultor ambiental da Empresa Nave Terra de São Paulo, Ronaldo Weigand, participam dos seminários.
UCs no Amazonas
Segundo o coordenador, o Amazonas conta com 41 unidades de conservação dividas nesses dois grandes grupos. O primeiro é voltado à proteção de espécies da biodiversidade amazônica o outro grupo se refere às unidades de conservação de uso sustentável, criadas para assegurar a auto-sobrevivência dos povos que vivem nessas áreas protegidas.
Macerdo afirma que o "Amazonas avançou muito nos últimos oito anos" na questão das políticas publicas de conservação. O estado, segundo ele, é um dos que mais contribuiu para as metas voltadas às unidades de conservação da biodiversidade. "O governo fez uma avaliação recente do esforço brasileiro em cumprir metas estabelecidas na última convenção realizada Japão, e o Amazonas foi o que mais contribuiu com a meta", disse.
De acordo com a assessoria da SDS, a implementação das áreas protegidas no Amazonas totalizou, em 2010, 41 Unidades sendo 32 de Uso Sustentável e nove de Proteção Integral, distribuídas em cerca de 18 milhões de hectares. No ano de 2009 foram criadas seis Unidades sendo duas Florestas, três Reservas de Desenvolvimento Sustentável e um Parque Estadual, todas localizadas na área de influencia da BR 319. Neste ano de 2010, 54% do território do Estado do Amazonas encontra-se legalmente protegido, sendo 27% por Terras Indígenas, 12% por Unidades de Conservação Estadual e 15% Federal.
Responsável pela gestão das Unidades de Conservação (UC), o CEUC foi instituto pela Lei N 3244, de abril de 2008, como parte da Unidade Gestão do Centro Estadual de Mudanças Climáticas e do Centro Estadual de Unidades de Conservação vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS).
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