Equipamentos são 40% do custo de geração da usina

O custo do complexo hidrelétrico de Belo Monte é avaliado em US$ 4,7 bilhões, segundo o presidente da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes. Desse total, US$ 3 bilhões são o gasto previsto para as obras da parte de geração, que inclui a construção de duas barragens. "Desse volume, 60% vai para o setor de construção civil e 40% para o setor de máquinas e equipamentos", comentou um executivo da Weg, que participou da palestra sobre o processo de licitação da usina realizada nesta manhã em São Paulo.

O executivo da Weg destacou também que, do volume a ser desembolsado na compra de equipamentos, cerca de 10% poderá ser importado. "A indústria nacional já fabrica a maior parte dos componentes", disse. No projeto de transmissão de energia, que viabilizará a construção da usina e que será licitado separadamente, o custo previsto é de US$ 1,7 bilhão na modelagem atual.

O presidente da Eletronorte afirma que esses porcentuais de direcionamento de gastos não diferem de outros projetos de usinas hidrelétricas no Brasil. Segundo ele, o plano de construir as barragens de Belo Monte em áreas ainda secas reduz os custos. Em relação a outras usinas, o aproveitamento de características da região propiciou redução de alguns gastos. Em Tucuruí, por exemplo, foram utilizados 991 metros cúbicos de concreto para a obtenção de um megawatt. Em Belo Monte, essa relação será de 300 m³ de concreto por megawatt.