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Entre as ações, incentivo a uso de energia solar

O Globo, Economia, p. 35
20 de Jan de 2008

Entre as ações, incentivo a uso de energia solar
Meta é elevar para 3,4 milhões total de casas com a tecnologia

A energia solar também será uma das armas utilizadas pelo governo na briga para poupar eletricidade. Na terça-feira, Caixa Econômica Federal (CEF), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), fabricantes e Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) fazem a primeira de uma série de reuniões para traçar ações de incentivo ao uso da luz natural como insumo de eletrodomésticos e máquinas industriais. Subsídios para a instalação de equipamentos e ampliação de linhas de financiamento serão estudados.

Segundo Paulo de Tarso Cruz, coordenador-geral de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia, serão alvos do plano quatro grupos de consumidores: a classe média, a baixa renda, a indústria e a rede de hotéis e pousadas. A meta é aumentar, por exemplo, em quase seis vezes, até 2015, o número de domicílios que contam com aquecimento solar, de 600 mil para 3,4 milhões. A economia de eletricidade gerada chegaria a mil megawatts no horário de pico, entre 18h e 21h.

À classe média, o esforço inicial será de publicidade. Explicando que 8% do consumo de energia do Brasil são gerados pelo chuveiro elétrico, haverá propaganda dos equipamentos disponíveis no mercado e dos financiamentos existentes para um banho à energia solar.

Redução de impostos para aquecedor solar Para a população de baixa renda, haverá subsídio na hora da construção ou reforma, pois a instalação de aquecimento solar pode representar até 7% do valor da casa.

A Caixa já tem um estudo sobre quanto pode ser concedido para reduzir o custo do mutuário - disse Cruz.

Já o BNDES poderá aumentar para R$ 1 bilhão o montante de recursos do fundo de aval criado ano passado, com R$ 100 milhões, com o objetivo de financiar a utilização da energia solar pelas indústrias em processos produtivos que envolvam temperaturas muito elevadas.

O grupo de trabalho pretende ainda formar uma parceria com o Ministério do Turismo para incentivar o uso de energia solar na rede hoteleira. Este setor faz uso intensivo de energia, por exemplo, com chuveiros elétricos e aquecimento de água para outros fins. Mas quase não é usuário do método alternativo.

O país produz 500 mil metros quadrados (unidade de medida das placas) de coletores solares por ano, isentos de ICMS e IPI. Este último tributo também não é cobrado na fabricação dos demais produtos usados no aquecimento solar.

- Também queremos trabalhar a questão da redução, além do IPI, de outros impostos na cadeia produtiva do aquecedor solar para realmente o equipamento ficar mais barato - afirmou a diretora do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Laura Porto.

O Globo, 20/01/2008, Economia, p. 35

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