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Encontro vai debater os anseios de jovens indígenas

Folha Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/
Autor: Neidiana Oliveira
24 de Ago de 2011

Fortalecer o movimento indígena de Roraima e estimular os jovens a irem em busca de seus ideais, priorizando a educação e o profissionalismo dentro das comunidades. Esta é a finalidade do Encontro de Jovens Indígenas, que será realizado do dia 15 a 17 de setembro na antiga Casa de Cura, no bairro Raiar do Sol, saída para Mucajaí.

O encontro foi idealizado por movimentos de jovens indígenas de Roraima, que pretendem proporcionar às comunidades melhor qualidade de vida. A ideia é trabalhar a educação profissional, por meio de cursos, seja superior, técnico ou de capacitação, a fim de oferecer atividades diversas com o auxílio de profissionais habilitados.

O coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Mário Nicácio, explicou que essa é uma iniciativa dos movimentos indígenas do Estado que pretendem estreitar os laços entre jovens de etnias diferenciadas, as quais se identificam enquanto povos indígenas.

"Será um momento de troca de experiências, quando os líderes vão ministrar palestras e desenvolver atividades de interação entre os jovens. Temos como foco promover o intercâmbio etnorregional, pois essa é a primeira vez que acontece um evento destinado a esse público", afirmou Nicácio.

O encontro é uma forma de mostrar à sociedade e ao poder público que os jovens indígenas estão lutando em defesa dos direitos e dos interesses de suas comunidades. Serão discutidos durante a programação assuntos direcionados à juventude indígena como: formação profissional, políticas públicas direcionadas, educação e saúde.

Questionado sobre o principal problema enfrentado entre os jovens indígenas, Nicácio destacou que atualmente o consumo de bebidas alcoólicas ainda é uma questão que, mesmo sendo trabalhada massivamente, continua preocupando as lideranças indígenas.

"O que falta é uma forma de conscientização pedagógica, para que eles [jovens indígenas] possam ter responsabilidade com seus atos. Além disso, é necessário promover atividades ocupacionais para entreter os jovens, mas para isso é preciso antes de tudo o acesso à informação", declarou.

A expectativa é que compareçam durantes os três dias de atividades aproximadamente 300 jovens indígenas das nove etnorregiões espalhadas pelo Estado. "De cada etnorregião convidamos cerca de 15 pessoas. Também foram convidados os representantes das mais de 100 comunidades indígenas", disse Nicácio.

http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=114746

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