Diário de Cuiabá
18 de Nov de 2003
Encontro sobre pavimentação da BR-163 terá Marina Silva
Da Reportagem
Os impactos ambientais e sociais da pavimentação da BR-163, considerada uma das obras mais importantes da atual gestão no setor de infra-estrutura, começam a ser discutidos hoje em Sinop (500 quilômetros ao Norte de Cuiabá).
As principais autoridades ligadas ao Meio Ambiente no país juntam-se a representantes do poder público, de ongs, trabalhadores rurais e povos indígenas no "Encontro BR-163 Sustentável - Desafios e Sustentabilidade ao longo da Cuiabá-Santarém", promovido pelo Instituto Socioambiental (ISA). Participam também da organização o Fórum Matogrossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), Instituto Centro de Vida (ICV), Unemat, Instituto de Pesquisas Ambiental da Amazônia (IPAM) e várias outras entidades internacionais.
A ministra do Meio Ambiente Marina Silva confirmou presença no evento, que se estende até a quinta-feira no campus da Universidade Estadual de Mato Grosso. Os ministros da Integração Nacional, Ciro Gomes, e dos Transportes, Anderson Adauto, também são esperados.
O encontro tem o objetivo de elaborar propostas socioambientais para o eixo mato-grossense da BR-163, cujo término da pavimentação integra o Plano Plurianual (PPA) 2004-2007, encaminhado ao Congresso pelo presidente Lula em agosto. Os trabalhos serão divididos por grupos de trabalho.
Cada grupo terá de levantar problemas e propostas para os temas: infra-estrutura regional e ordenamento fundiário, áreas protegidas, viabilidade das atividades produtivas, monitoramento ambiental e manejo dos recursos florestais e hídricos e fortalecimento social e cultural das populações locais. Ao final, será elaborada uma agenda de gestão territorial para a região a ser negociada com os poderes públicos locais, regionais e federal.
A rodovia estende-se por 1.764 quilômetros, dos quais apenas 801 quilômetros estão pavimentados - trecho de Cuiabá a Nova Santa Helena (MT), próximo à divisa com o Pará. A conclusão de sua pavimentação estava prevista no Programa Avança Brasil, de Fernando Henrique Cardoso, mas não saiu do papel. O governo Lula pretende realizar a obra, estimada em R$ 760 milhões, em parceria com a iniciativa privada e com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Diário de Cuiabá, 18/11/2003
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