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Encontro de objetos serve como prova da existência

Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
30 de Nov de 2003

Malocas (casas permanentes), tapiris (casas provisórias), cestos de todos os tipos, arcos, flechas, redes de folhas, cipós, cortes em árvores com objetos rudimentares, pedra de quebrar coco. São as provas concretas da existência dos baixinhos ou "cabeças vermelhas", encontradas por sertanejos e membros da Funai na área indígena Rio Pardo.

Além dos feitos, declarações de moradores da região que já foram seguidos ou circundados pelos assobios e imitações de bichos, prática usada pelos índio, dão conta de que eles estão lá.

Sobre como vivem, a que tronco linguístico pertencem e de que forma sobreviveram não existe nada registrado na Funai. Não se sabem mesmo se são um grupo, ou vários.

"Uma das possibilidades era de que eles pertencessem ao tronco tupi, mas ela foi descartada quando levamos intérpretes dessa linhagem para observar a produção desses isolados. Também sabemos que não são canoeiros, mas não sabemos se é um grupo ou vários", conta o administrador da Funai em Cuiabá, Ariovaldo dos Santos.

A identificação cultural neste momento também não é uma preocupação da Funai. O ideal para o grupo, segundo o órgão seria que eles pudessem continuar levando a vida de isolados que escolheram.

"Como ali não tem jeito, a proximidade com o branco é muito grande (existem 28 propriedades em volta de uma área de 166 mil hectares onde eles viveriam), temos que fazer o contato e tomar as primeiras providências para imunizá-los de doenças", conta Sidney Possuelo.

O contato entre membros da Funai e os índios também serviria para evitar ataques entre índios e brancos. "Eles quando assustados matam. E o confronto só não teria acontecido até agora porque devem ser muito poucos e temem morrer", avalia Silva. (MO)

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