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Encontrado corpo de ativista do Greenpeace

JB, País, p. A7
16 de Dez de 2003

Encontrado corpo de ativista do Greenpeace
PF estuda a hipótese de suicídio

Fernanda Nidecker

Depois de quatro dias de buscas, o corpo da ativista do Greenpeace Emily Craddock, de 27 anos, foi encontrado no início da tarde de ontem, no Pará. A inglesa estava desaparecida desde a madrugada de sexta-feira, quando foi vista pela última vez a bordo do navio da organização Arctic Sunrise.

O corpo de Emily foi encontrado por pescadores boiando às margens do Rio Pará, na localidade de Ilha do Capim, perto do município de Abaetetuba, ao Sudoeste de Belém. Um ativista do Greenpeace reconheceu a colega, que foi levado ao Instituto Médico Legal da capital paraense.

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar as causas do incidente e cogita a hipótese de suicídio. Em depoimento, o coordenador do Greenpeace, Paulo Adário, disse que a organização ''vai colaborar com todos os meios para facilitar o trabalho das autoridades''.
Após um fim de semana de muita chuva e pouca visibilidade, as buscas foram retomadas ontem às 6h. Cinco horas depois, ribeirinhos que auxiliavam as equipes de resgate encontraram o corpo de uma mulher e comunicaram às autoridades. O Corpo de Bombeiros, a Polícia Federal, o Ibama e a Capitania dos Portos do Pará participaram das operações utilizando dois helicópteros, uma aeronave Cessna, uma lancha e três botes infláveis.

Emily era rádio-operadora do Arctic Sunrise e ficava responsável pela contagem dos 30 membros da tripulação todas as manhãs. Estranhando sua ausência, às 8h de sexta-feira, os colegas avisaram as autoridades e as buscas foram iniciadas.

A embarcação, que partira de Porto de Moz, no Pará, na quarta-feira, com destino a Belém, seguiria hoje para o Chile após realizar no Estado atividades em defesa da criação de reservas extrativistas, e contra a exploração ilegal de madeira e outros crimes ambientais.

Emily Craddock era ativista do Greenpeace há mais de quatro anos. Em nota, sua família que mora em Londres, na Inglaterra, pediu ''privacidade neste momento de luto''.

JB, 16/12/2003, País, p. A7

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