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Autor: ANDREZZA TRAJANO
14 de Mai de 2009
A colheita de arroz na antiga fazenda Providência, na terra indígena Raposa Serra do Sol, a 150 quilômetros de Boa Vista, encerrou na terça-feira passada. Ontem operários e equipamentos agrícolas deixaram a região sob escolta da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança.
Desde o dia 6, colheitadeiras, tratores, caminhões e outras máquinas autorizadas pela Justiça trabalhavam na colheita de 400 hectares do grão, avaliada em R$ 3 milhões. A propriedade de 4,2 mil hectares pertencia ao rizicultor Paulo César Quartiero. Posterior ao processo de retirada dos habitantes não-índios da reserva de forma espontânea, que terminou no dia 30 de abril, o produtor teve que deixar a propriedade.
De acordo com o superintendente da Polícia Federal, José Maria Fonseca, todo o processo ocorreu conforme previsto, sem registro de incidente. O acordo que garantiu a colheita do arroz plantado na área demarcada foi firmado entre o presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, desembargador Jirair Meguerian, e o rizicultor Quartiero.
BALSA - O secretário executivo da Associação dos Arrozeiros de Roraima, Alfredo Prym, informou à Folha que estava protocolando ontem à tarde o relatório circunstanciado da colheita do arroz na Justiça Federal. Ele confirmou o sucesso da colheita.
Prym disse que ontem a entidade fez a devolução da balsa que os rizicultores operavam na travessia do rio Uraricoera para a Secretaria Estadual de Agricultura.
"A Associação tinha permissão de uso firmado com o Estado de Roraima e uma das cláusulas do termo dizia que o uso deveria ser empregado na agricultura e pecuária. Como a associação não tem mais nenhuma atividade naquela região [Região do Passarão, uma das portas de entrada da Raposa Serra do Sol], não tem sentido manter a balsa", explicou.
Os quatro funcionários da Associação de Rizicultores que operavam a balsa foram dispensados ainda ontem. Eles já estavam de aviso prévio. A operação da balsa deve ficar a cargo do Estado.
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