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Empresários querem participar da construção do gasoduto Coari-Manaus

Jornal do Commercio-Manaus-AM
12 de Mai de 2004

Empresários da construção civil do Amazonas estão se movimentando no sentido de participar do processo de licitação para construção do gasoduto Coari-Manaus, projetado para iniciar no segundo semestre deste ano. A proposta é realizar as obras de terraplenagem, abertura de vias, montagem de estrutura, galpões, além da parte elétrica.

O Sinduscon-AM (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado Amazonas), está se programando para uma audiência com o governador Eduardo Braga, para expor a vontade dos construtores que se colocam à disposição para participar das obras civis.

O presidente da entidade, Joaquim Auzier, disse ser o gasoduto uma conquista do governo do Amazonas que precisa ser dividida com os empresários da construção civil. "Não tem sentido contratar uma única empresa de fora para construir o gasoduto, que traga consigo outras empresas, enquanto as daqui ficarem de fora do processo", defendeu. Joaquim Auzier comentou que a obra envolve o contrato de empresas altamente especializadas em gasoduto, especialidade que não existe em Manaus e no país são bem poucas as empresas que atuam com essa modalidade de serviço.

Entretanto, o presidente do Sinduscon assegurou que uma boa parcela dos serviços a ser implementados diz respeito a atuação das empresas de construção local. Logo, não custa nada que uma parte desse serviço seja distribuído para as empresas radicadas aqui na região, que possuem vasto conhecimento regional, o que as habilita a erguer qualquer tipo de empreendimento.

Por este motivos Auzier defende uma movimentação por parte de toda a sociedade civil, além do empresariado, haja vista ser um empreendimento que vai gerar diretamente pelo menos 1,5 mil a 2 mil empregos, com os indiretos vai passar de 10 mil.

Na opinião de Joaquim Auzier, o gasoduto será uma obra bastante movimentada, cujo processo transcende à sua construção, projetada para dois anos. O empresário mencionou que na hora que o gás natural chegar em Manaus todo o parque industrial será modificado, resultando num maior número de empregos, além de economia para as empresas.

Segundo Auzier, a luta que o sindicato vai travar de agora para frente, de forma que as empresas amazonenses tenham uma participação efetiva nas obras do gasoduto, é para tentar solucionar alguns programas de emprego e renda do Estado.

Sindicato de empregados quer garantir postos com gasoduto

O Sintracomec (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e Montagem do Estado Amazonas) também já caiu em campo visando abocanhar parte dos empregos que serão gerados pelas obras do gasoduto Coari-Manaus.

A direção da entidade está se movimentando tanto em Manaus quanto nos sete municípios onde o gasoduto vai passar. Serão 400 km de obras.

No último final de semana o presidente do Sintracomec, Berenício Lima, esteve reunido em Coari com cerca de 1 mil trabalhadores, entre os que atuam diretamente na construção civil e na montagem, sendo parte do Estado do Amazonas e o restante oriunda de várias capitais brasileiras.

O assunto principal foram as obras do gasoduto Coari-Manaus, que serão o responsáveis pelo transporte do gás natural que vai garantir a geração de 930 KW de energia para a Amazônia Legal, cuja unidade de processamento do gás fica em Urucu.

Lima informou que hoje são gerados cerca de 4,5 mil empregos entre Coari e Urucu, dos quais 3 mil estão atuando em serviços de construção civil e montagem, que passa pela manutenção industrial e caldeira. "Cerca de 75% dos que trabalham na montagem é oriunda de outros Estados", informou.

Recursos

A construção do gasoduto Coari-Manaus vai gerar cerca de 2 mil empregos diretos e movimentar pelo menos R$ 1 bilhão nos dois anos em que a obra será tocada.

Petroleiros estão no páreo

Segundo o sindicalista Berenício Lima, o setor da construção civil no Amazonas gera atualmente 20 mil empregos, dos quais 12 mil em Manaus. Desse total somente 8 mil estão na base, dos quais 40% atuando sem carteira assinada.

O Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros do Estado do Amazonas) é outro que está com as atenções voltadas para as obras do gasoduto Coari-Manaus. Com uma base de 1,2 mil trabalhadores diretos a entidade reivindica a possibilidade de os funcionários do setor atuarem no empreendimento mais comentado nos últimos tempos.

O presidente do sindicato, Wallace Byll Pinto Monteiro, disse que além dos 2 mil empregos diretos previstos, uma gama de indiretos surgirão por conta dos serviços necessários para que todos esses empregos sejam viabilizados, entre os quais de hotelaria, alimentação e na área de turismo.

Serão investidos mais de R$ 1 bilhão na construção do gasoduto, que após concluído, movimentará diariamente, conforme projeção da Petrobras, um volume de até 10 milhões de metros cúbicos de gás.

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