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Empresário nega na CPI exportação irregular de madeira de índios

24 Horas news-Cuiabá-MT
13 de Mar de 2006

Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da
Biopirataria, o empresário Eugênio Follmann se defendeu da acusação de
comercializar madeiras nobres de comunidades indígenas sem
autorização. Ele disse à deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AM) que não
foram exportadas toras, mas resíduos de madeira destinados à
fabricação de violinos e violões. "O material foi fiscalizado e tenho
os recibos das comunidades", declarou.

No entanto, o empresário não apresentou até agora ao deputado Hamilton
Casara (PSDB-RO), que preside a reunião, a documentação da Fundação
Nacional do Índio (Funai) que autorizasse o comércio.

A deputada Thelma de Oliveira (PSDB-MT) fez uma série de perguntas
deixadas pelo relator, deputado Sarney Filho (PV-MA), que saiu da
reunião. Follman informou que está no Brasil desde 1975 e sempre
exportou madeiras permitidas, como o jacarandá, com toda a
documentação e sem evasão de divisas. "Nunca vendi pau-brasil", declarou.

O empresário afirmou que atualmente só compra mogno dos índios
caiapós, por meio de contratos com o Instituto Raoni. Kollman disse
ter uma "ligação estreita" com a tribo, tendo doado o terreno para o
projeto Espaço Caiapós.

O trabalho tem a intenção de ensinar fiação e tecelagem às índias e
marcenaria aos índios para que possam ganhar mais com a venda de peças
acabadas, e não apenas com a matéria-prima. O empresário explicou que
o projeto ainda não está funcionando porque aguarda autorização dos
órgãos competentes.

Antes do início do depoimento, o deputado Dr. Rosinha (PT-PR)
denunciou supostos erros cometidos pela comissão ao presidente da CPI,
deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP). Segundo o petista, a
CPI fez investigações incorretas e tenta incriminar partidos. "A
comissão está passando informações mentirosas para a revista Veja",
acusou. Mendes Thame respondeu que desconhece qualquer vazamento de
informações para a imprensa.

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