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Empresa sabia da invasão e não retirou funcionários

IG - http://ultimosegundo.ig.com.br/
Autor: Severino Motta
28 de Jul de 2010

Aviso chegou na noite de sexta. No sábado, maquinário foi retirado e, no domingo, funcionários foram feitos refém

O consórcio Águas de Pedra, responsável pela construção da hidrelétrica de Dardanelos, no municípios de Aripuanã (100 km ao noroeste de Cuiabá - MT), foi avisado pela Funai da invasão indígena que aconteceria no local, retirou parte de seu maquinário no sábado mas não seus cerca de 100 funcionários que dormem em alojamentos no canteiro de obras. De acordo com o presidente da empresa, José Piccolli, o aviso chegou na noite de sexta, mas, dizendo que em outra ocasião existiu uma ameaça que não se concretizou, não foi promovida a retirada de trabalhadores.

"Eles [Funai] avisaram para nós na sexta-feira oito horas da noite e [os índios] entraram domingo sete horas da manhã. Não dava [tempo de retirar os funcionários]. E também, da outra oportunidade falaram que iam fazer isso (invadir a usina) e não fizeram", disse.

Durante a invasão, além dos trabalhadores, que foram liberados no domingo, cinco funcionários graduados da empresa também foram feitos de refém e soltos na segunda-feira. Depois disso a usina ficou nas mãos dos índios, que impediam qualquer de um entrar no local ou tirar fotografias.

A invasão foi encerrada na noite desta terça-feira após um acordo ser fechado entre o governo do Estado, a Águas de Pedra e os índios. As comunidades indígenas terão programas para a saúde, educação e desenvolvimento sustentável.

Usina

A usina de Dardanelos representa um investimento de quase R$ 800 milhões e começou a ser construída em 2007. Ela é uma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Quando pronta, no início de 2010, a usina será capaz de produzir 216 megawatts e será ligada ao Sistema Nacional de Energia.

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