VOLTAR

Emergente também deve ter meta de CO2, diz Lula a jornal

FSP, Ciência, p. A17
03 de Jul de 2008

Emergente também deve ter meta de CO2, diz Lula a jornal

Da Redação

Contrariando posições manifestadas até agora pelo Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou ao jornal japonês "Yomiuri" que é a favor de discutir metas quantitativas de redução de emissões de gases de efeito estufa também para países emergentes no regime climático internacional que substituirá o Protocolo de Kyoto após 2012. No entanto, essas metas deverão ser proporcionais às emissões.
"Todos nós temos que ter metas proporcionais ao tipo de poluição que nós produzimos. Os países que mais poluem têm que ter mais obrigações do que os países que menos poluem", declarou o presidente. "Quem não quer metas são os países ricos."
O Brasil e os outros países emergentes são desobrigados de metas obrigatórias de redução pelo Protocolo de Kyoto e têm resistido a aceitá-las no pós-Kyoto por dois motivos: primeiro, a responsabilidade histórica pelo aquecimento global é dos países industrializados. Depois, alegam, metas prejudicariam o desenvolvimento dos emergentes.
O Brasil foi um dos principais defensores de ações de redução "mensuráveis, reportáveis e verificáveis" para países em desenvolvimento no pós-Kyoto na conferência do clima de Bali, no ano passado. Mas esse tipo de ação é muito diferente de metas quantitativas obrigatórias.
Segundo o jornal, Lula não mencionou quais seriam as metas do Brasil e condicionou sua aceitação ao cumprimento das obrigações do Protocolo de Kyoto por parte dos países desenvolvidos.
Segundo o "Yomiuri", Lula demonstrou "postura positiva" quanto ao estabelecimento de metas pelo Brasil porque o país obteve bons resultados na redução de emissões por meio do álcool.
Lula embarca nos próximos dias para o Japão para participar da reunião de cúpula do G8+5 (grupo dos países ricos mais os cinco grandes emergentes). Como a questão climática estará na ordem do dia, ele tenta liderar os países em desenvolvimento na cobrança de ações contra o aquecimento global por parte dos países ricos -em especial os EUA.

FSP, 03/07/2008, Ciência, p. A17

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.