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Em encontro com índios Kayapó, presidente da Funai inaugura Núcleo de Tucumã

Funai
31 de Jan de 2007

Quando eu recuperar a minha liberdade, vou voltar a lutar para ajudar os índios e a fortalecer a Funai. Eu não posso ir encontrar o senhor aí na cidade para participar dessa reunião, mas sei que meus tios e meus primos e o meu povo Kayapó irão receber bem o senhor.” Pelo rádio, o líder Kayapó Paulinho Payakã, da aldeia Rio Vermelho, onde vive em reclusão, saudou a presença do presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, em encontro com lideranças Kayapó na cidade de Tucumã (PA). Junto de suas mulheres e crianças, caciques e guerreiros organizaram uma bela recepção para a comitiva da Funai, com apresentação de cantos e danças.

O objetivo do encontro era a inauguração da sede do Núcleo da Apoio de Tucumã, uma reivindicação dos índios da região que pediam uma administração mais próxima de suas aldeias. Chefiado por Odenildo (CONFIRMAR SOBRENOME) , o núcleo serve atualmente a oito comunidades da região: Aukre, Kikretum, Rio Vermelho, Pukararankre, Kendjan, Kokraimoro, Kokoeydjan e Moikarako. Nelas, vivem cerca de 2.600 índios.

Em uma longa reunião com os chefes benhadjourores, Mércio Gomes explicou as necessidades atuais da Funai, bem como as dificuldades administrativas que o Núcleo de Tucumã deve enfrentar. Em breve, próximo à Terra Indígena Kayapó, a companhia Onça Puma dará início à mineração de níquel, o que irá trazer, além de possíveis problemas ambientais, um crescimento considerável nas cidades de Tucumã e Ourilândia. As negociações entre a empresa e os índios já estão em curso, e no futuro a região deverá ganhar mais importância econômica, o que trará mais impactos aos índios que freqüentam essas cidades.

Outro tema abordado foi o futuro da Funai nos próximos quarto anos, sobre o qual os índios se mostraram apreensivos. A gente quer que continue assim, estável, calmo, mas que a Funai ganhe mais força”, disse o benhadjourore Nyty Kayapó, filho do lendário líder falecido Tutupombo. Quando for possível, a gente gostaria de ir à Brasília para conversar com o novo Ministro, dar a ele o nosso apoio e ajudar a fortalecer a Funai”, completou Nyty. Além dele, também estavam, presentes os benhadjourores Pykotire, Ouro, Barabat, Clote, Kojoka, Mroo e Mikim, além de cerca de 60 indígenas.

Fico muito emocionado com a bela recepção de vocês e o carinho e o apoio que têm me dado”, disse Gomes. É preciso a união do povo Kayapó, de todos vocês, para que a Funai tenha força, possa crescer e se reformular, conseguir um plano de carreira para seus funcionários e se preparar melhor para poder auxiliar os índios”, afirmou.

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