VOLTAR

Em 3 anos, mais de 50 índios foram assassinados no país

Midianews-Cuiabá-MT
13 de Fev de 2002

Entre 1995 e 1998, foram mortos no Brasil 46 índios - dados oficiais. O número, no entanto, é bem maior. Ao pedir o fim da violação dos direitos índígenas na Campanha da Fraternidade 2002, a Igreja Católica não admite - no texto base da campanha - a sua conivência e participação no processo de dizimação dessas etnias.

Segundo o texto da CNBB, têm-se conhecimento da existência de povos indígenas, com suas respectivas terras tradicionais, demarcadas ou não, vivendo em 24 unidades da federação. Estima-se que a população indígena total seja de 550.438 pessoas, pertencentes a 225 povos, falando cerca de 180 línguas diferentes. Desta população, cerca de 358.310 vivem em seus territórios, outros 191.228 migraram para centros urbanos e há uma estimativa de 900 índios que são pertencentes a povos não contactados.

Na campanha que está sendo lançada nesta quarta-feira, segundo a Igreja, o significativo aumento da população indígena, comparado a dados da década de 70, se deve a três fatores em especial: ao crescimento real da população de muitas aldeias; ao fato de muitas comunidades terem voltado a revelar a identidade cultural, antes ocultada, e à atualização dos dados do Censo oficial, em 1999, considerando também os índios que vivem nos centros urbanos.

De acordo com a igreja, há dois segmentos da população indígena para os quais há ausência total de política de atendimento por parte do governo: são os índios que vivem nas cidades e os povos considerados "ressurgidos ou emergentes".

"As famílias indígenas que vivem em centros urbanos, em sua grande maioria, foram forçadas a migrar. Elas geralmente não deixam suas terras por opção, mas para tentar encontrar condições melhores de vida. Suas histórias são marcadas pela violência, fogem das ameaças constantes, da escassez intensa ou do preconceito", diz o texto.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.