VOLTAR

Eletrobrás retoma negócios e reativa obra em Tocantins

Estado de S. Paulo-São Paulo-SP
Autor: NICOLA PAMPLONA
15 de Out de 2003

Usina Peixe Angical, da portuguesa EDP, exigirá investimento de R$ 1,3 bilhão

A volta do grupo Eletrobrás aos negócios em geração garantiu a retomada da usina Peixe Angical, controlada pela portuguesa EDP, em Tocantins. Ontem, Furnas e a multinacional anunciaram o reinício das obras, que devem durar três anos e consumir R$ 1,3 bilhão em investimentos. A usina terá capacidade para gerar 450 megawatts (MW).

"Essa operação inaugurou um tipo de procedimento que pode servir de exemplo, já que queremos fazer isso com as outras empresas do grupo", disse o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa. Ele foi procurado pela EDP, ainda na gestão de José Eduardo Bernini - hoje na Eletropaulo -, para avaliar sua participação no empreendimento, que havia sido paralisado pela companhia portuguesa.

A Eletrobrás analisou o projeto e convocou Furnas a entrar no empreendimento. Furnas será minoritária, com 40% de participação. A energia será vendida para a própria EDP, por meio de um contrato bilateral. A estatal e a EDP vão dividir, proporcionalmente, aportes de R$ 500 milhões.

Os R$ 800 milhões restantes serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Furnas terá participação na diretoria e na parte técnica da usina e receberá parte da receita pela venda da energia.

Desde que assumiu a Eletrobrás, Pinguelli defende a volta das estatais aos investimentos em geração. As empresas do grupo voltaram também a participar de novos investimentos em linhas de transmissão. Na última licitação promovida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o grupo Eletrobrás participou de quatro consórcios vencedores e estima investimentos de até R$ 500 milhões na construção das linhas. Pinguelli disse que a Eletrobrás está "em namoro" com outras empresas para para novos projetos.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.