VOLTAR

Eletrobrás encerra hoje habilitações no Proinfa

GM, Energia, p. A7
10 de Mai de 2004

Eletrobrás encerra hoje habilitações no Proinfa

Boa parte dos projetos que vão concorrer aos contratos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) só devem ser entregues hoje à Eletrobrás, último dia do prazo para habilitação dos projetos. Até a última quinta-feira, a holding estatal de energia elétrica só havia recebido três projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) e resolveu prorrogar o recebimento também para o sábado.

Além disso, a estatal estendeu o horário final de recebimento das propostas hoje das 12h para as 18h. As expectativas no mercado são de que sejam preenchidos os 2,2 mil MW destinados para PCH e de usinas eólicas. No caso de geração por biomassa, porém, a previsão é que entre 400 MW e 600 MW dos 1,1 mil MW sejam habilitados.

Para o presidente da Associação Brasileira de Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE), Ricardo Pigatto, a expectativa é que boa parte dos projetos tenha sido encaminhada à Eletrobrás entre sexta-feira e sábado. Mesmo assim, ele acredita que um grande número só seja enviado hoje.

Por conta do curto prazo que foi definido pelo Ministério de Minas e Energia (MME) depois do anúncio dos preços que serão pagos pela Eletrobrás nos contratos de compra de energia, os investidores tiveram que correr contra o tempo para colocar os projetos de acordo com as exigências. A habilitação se encerra hoje e os contratos têm de ser assinados até o dia 31 deste mês. Segundo Pigatto, no segmento de PCH a previsão é que os 1,1 mil MW sejam realmente preenchidos.Para o gerente de marketing da empresa Koblitz, José Romero Rêgo, muitos investidores aguardavam as definições do MME em relação às propostas feitas pelo mercado durante o processo de consul-ta pública para poder colocar a papelada em ordem, o que resultou no corre-corre verificado nesta semana. Segundo Romero, a expectativa da Koblitz é habilitar 20 projetos de biomassa, com um volume total de cerca 400 MW.

A empresa, responsável pela integração de sistemas e geração de energia, previa inicialmente participar com cerca de 700 MW no Proinfa. Segundo Romero, os preços definidos pelo ministério ficaram abaixo do esperado pelo mercado. "Boa parte dos projetos que serão apresentados são menos eficientes, mas mais baratos e com melhor remuneração para os investidores", diz ele.

"Erro técnico"

O vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, Everaldo Feitosa, diz que a expectativa no seu segmento é que sejam preenchidos os 1,1 mil MW destinados pelo Proinfa. Segundo ele, isso deve ocorrer mesmo com o "erro técnico" cometido pelo MME, que prevê menor remuneração para usinas que aumentem a eficiência na geração de energia, e do critério que remunera melhor empreendimentos instalados em locais com piores condições de ventos. O Proinfa prevê variação de preços em função da capacidade de geração. Segundo ele, 75% dos projetos de energia eólica devem ser instalados no
Nordeste e o restante no Rio Grande do Sul

GM, 10/05/2004, Energia, p. A7

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.