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Educação indígena é tema de reuniões em Dourados

Site do PT-Brasília-DF
25 de Fev de 2005

Durante todo o dia de amanhã, a cidade de Dourados (MS), sob administração petista do prefeito Laerte Tetila, sediará três reuniões, com a participação de representantes do Ministério da Educação (MEC), da Fundação Nacional do Índio (Funai/Brasília), da Secretaria de Estado de Educação (SED) e das secretarias de educação de 18 municípios, para avaliar os avanços e retrocessos da educação escolar indígena em Mato Grosso do Sul.

Pela manhã, um encontro com os professores-cursistas do Projeto Ara Verá, iniciativa do governo estadual para oferecer formação aos educadores indígenas, terá como objetivo verificar as expectativas dos alunos.

Na ocasião, estarão presentes, além dos 63 cursistas, o coordenador geral de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Kléber Gesteira Matos, a representante do setor de educação da Funai Nacional, Maria Helena Fialho, e os técnicos pedagógicos de educação escolar indígena da SED, Miriam Moreira Alves e Fábio Lopes Souza.

"O ministério pretende ouvir os alunos para saber quais são as dificuldades que eles enfrentam no processo de formação profissional e quais são os reflexos dos conhecimentos adquiridos no Ara Verá em sala de aula", explica Fábio. De acordo com ele, o interesse por parte do governo federal pode ser o início de uma parceria.

Já no período vespertino, a partir de 13h30, a agenda de atividades prevê uma reunião com os secretários de educação dos 18 municípios que possuem índios guarani-kaiowá em seu território e com representantes das regionais da Funai de Amambai e Dourados.

A técnica da SED, Miriam Alves, informa que entre os principais itens da pauta está o objetivo de apresentar a carta de intenções, elaborada ao fim do 1o Congresso Estadual de Professores Indígenas, realizado em junho do ano passado, em Campo Grande. O documento define o sistema de parceria entre governo federal, Estado e municípios para a promoção da educação escolar indígena.

No fim da tarde, o tema discutido será a educação superior indígena. Com a participação da pró-reitora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), o coordenador do MEC discutirá o andamento do processo de implantação do curso superior indígena no Estado.

Miriam explica que as propostas pedagógicas das licenciaturas, que deverão ser oferecidas pela UEMS, estão sendo construídas em conjunto com as comunidades indígenas: uma comissão composta pelos índios guarani e outra composta pelos índios terena e demais etnias.

"A necessidade da formação de professores em áreas específicas é para que os alunos índios tenham ensino diferenciado, não somente nas séries iniciais, mas também de 5ª a 8ª e no ensino médio", observa a técnica da SED.

O Plano Nacional de Educação determina que as escolas devem, gradativamente, oferecer um ensino intercultural e bilíngüe, voltado à cultura e demandas da própria comunidade.

"Através da oferta de formação, iremos proporcionando que as escolas que oferecem educação indígena tenham educadores da própria comunidade", explica a coordenadora de Políticas Específicas em Educação da SED, Terezinha Zandavalli de Figueiredo.

Em Mato Grosso do Sul existem 28 escolas e 53 extensões que oferecem a educação escolar indígena. A maioria delas, possui professores e diretores índios, o que facilita na aplicação do ensino diferenciado para os alunos dessas comunidades.

As reuniões durante a manhã e tarde serão realizadas na Casa de Formação, onde acontecem as aulas do projeto Ara Verá, localizada atrás do Posto Capela, na rodovia que liga Dourados a Caarapó.

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