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Educação indígena é tema de debate hoje em Dourados

Agora MS
17 de Jul de 2007

Professores, estudantes e representantes do governo estão no encontro que está sendo realizado no Teatro Municipal de Dourados

O Encontro de lideranças Indígenas do curso de Licenciatura Indígena da UFGD, Teko-Arandu, e do curso de magistério do Governo do Estado, Araverá, se reuniram ontem e hoje para discutirem junto a órgãos do MEC, Funai, Secretaria do Estado e Municipais de Educação, a criação de um Termo de Compromisso com o desenvolvimento da educação escolar Indígena da região sul do Estado. Este termo é uma articulação que pretende estabelecer aos órgãos à mesma responsabilidade quanto à aplicação de recursos na formação educacional e, em recursos financeiros.

O Coordenador Geral da Secretaria de Educação Continuada do MEC, Kleber Gesteira de Matos, questionou durante o Encontro a participação efetiva dos diversos órgãos para o desempenho de um trabalho em conjunto. Ele comenta que esse mesmo termo foi firmado no Estado do Pará, com intenção de dividir as responsabilidades e estabelecer agendas de compromisso, dessa forma, pretende-se implantar também nos seis estados brasileiro que possuem universidade com curso de Licenciatura Indígena. Para ele, essa forma irá apontar um aprofundamento entre as partes e haver melhor colaboração para oferecer melhor formação e capacitação aos professores indígenas, como também para construção de escolas e aquisição de materiais escolares, entre outros.

Kleber ainda ressalta que o MEC tem que criar uma política para a Licenciatura Indígena, projeto que está engatinhando segundo ele, para então, dialogar com os reitores das universidades a fim de estabelecer projetos para fortalecer a educação. Uma das possibilidades citadas por ele seria introduzir bolsas de estudo para os alunos da licenciatura.

Para o representante do movimento dos professores, e acadêmico do Teko-Arandu, Otoniel Ricardo, esse encontro é importante por discutir as principais reivindicações indígenas e firmar objetivos que possa encontrar solução das suas necessidades. Ele comenta que os desafios são grandes, por exemplo, preparar melhor os professores com cursos de aperfeiçoamento, porém, de forma diferenciada e que fosse voltada para a cultura e realidade social da educação indígena. Outro fator importante destacada por Otaniel é a inclusão da tecnologia nas escolas indígenas que não podem ser ignoradas.

O professor do município de Tacuru e aluno do magistério do curso Araverá, Marcelino Vera, afirma que este diálogo é um momento importante para que todos possam conhecer as dificuldades da educação indígena. Ele aponta, principalmente, à carência que as escolas de ensino básico possuem com a falta de material escolar, espaço físico e merenda, que precisam ser repensados com urgência.

O termo de compromisso esta sendo elaborado entre os representantes das esferas federal, estadual e municipal junto aos professores indígenas, a fim de consolidar um compromisso participativo entre as partes, com objetivo de encontrar a melhor solução para a educação indigenista.

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