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02 de Jun de 2011
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) realiza entre os dias 5 a 10 de junho, em Carnaubeira da Penha (Pernambuco), uma ação integrada de saúde, destinada a atender os indígenas das etnias Atikum e Pankará. A ação foi organizada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Pernambuco.
Segundo o Chefe do DSEI Pernambuco, Antônio Fernando da Silva, a expectativa é o atendimento de 2.500 índios, de um total de sete mil que habitam o município. As duas etnias representam 87% da população total de Carnaubeira da Penha.
"Decidimos fazer a ação porque o município é de difícil acesso, com poucos recursos na área da saúde. Diante dessa dificuldade, esse tipo de ação se torna necessário para atingirmos as metas da saúde indígena", argumenta Antônio. No total, 74 profissionais do distrito integram a equipe. Destes, nove são profissionais da sede do DSEI que reforçam o grupo que trabalha no município. Quarenta e três destes são Agentes Indígenas de Saúde (AIS) que têm a tarefa de fazer a triagem e encaminhamento dos indígenas para o atendimento.
Ação Completa
O gestor comenta que todos os programas da divisão de atenção à saúde serão contemplados na ação. "No início do ano fizemos reuniões técnicas para preparar a ação de acordo com o perfil epidemiológico de cada etnia. Em campo faremos vacinação, exames de coloscopia, teste rápido do HIV, escovação supervisionada, enfim, todos os programas de saúde do DSEI estão inseridos na ação".
Nos dias 6 e 7, o trabalho será nas aldeias Retiro e Lagoa (etnia Pankará), e nos dias 8 e 9, a ação chega às aldeias Olho D´água e Serra Umã (etnia Atikum). Entre os profissionais envolvidos, a equipe conta com cinco médicos, seis enfermeiras e três dentistas. Ao todo o DSEI investiu R$ 16,610,50 na ação integrada, valor que inclui diárias, materiais e alimentação dos profissionais que se deslocam da sede do distrito.
Outras Ações
O DSEI já tem programadas outras duas ações semelhantes. Em julho, a ação integrada será feita com a etnia Fulni-ô, e em setembro é a vez dos Pakararu. "O cronograma respeita as tradições indígenas. Os Fulni-ô, por exemplo, entram em um retiro espiritual de três meses, por isso temos que realizar as ações antes que eles entrem no retiro", explica Antônio.
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