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Dourados se prepara para receber representantes indígenas

Funai-Brasília-DF
24 de Mar de 2005

Duzentos e dezenove representantes indígenas dos povos Guarani, Kaiowá, Kadiwéu, Terena, Ofaié Xavante e Guató começam a chegar neste domingo em Dourados (MS), para a Conferência Regional dos Povos Indígenas/MS, que será realizada de 28 a 1o de abril. Os representantes foram escolhidos em pré-conferências que destacaram os principais temas de interesse das comunidades do Mato Grosso do Sul, que reúne a segunda maior população indígena do país, com cerca de 55 mil pessoas. A conferência regional é uma prévia para a Conferência Nacional dos Povos Indígenas, será realizada em abril de 2006.

O chefe do Núcleo de Dourados, Israel Bernardo da Silva, destacou a importância da Conferência Regional e o interesse dos índios nas pré-conferências quando escolheram os seus representantes de acordo com os temas relacionados à saúde, educação, questão territorial e outros direitos indígenas, determinantes para a proposição de uma nova política indigenista, que atenda às necessidades dos povos do Mato Grosso do Sul. A participação das mulheres e dos jovens também será destaque na conferência, que começa debatendo a questão da terra.

O coordenador de Defesa dos Direitos Indígenas da Funai, Vilmar Guarani, responsável pelas conferências regionais a serem realizadas durante todo este ano, afirmou que o papel da Funai é proporcionar a realização das conferências e incentivar uma nova proposta de política indigenista, ouvindo as comunidades. "Não estamos impondo nenhuma proposta, mas sugerindo e garantindo aos representantes indígenas uma possibilidade de diálogo representativo com o Governo Federal e a sociedade brasileira em geral", explica Vilmar.

O coordenador da CGDDI e o chefe do núcleo da Funai em Dourados chamaram atenção para a participação das mulheres, que terão 45 representantes entre os 219 participantes. Segundo eles, uma das reivindicações das mulheres indígenas, já encaminhada à ministra Nilcéia Freire, da Secretária Política das Mulheres, é de que elas tivessem 30% de representatividade nas consultas à sociedade organizada. "Na Conferência Regional do MS, as mulheres indígenas serão mais de 36%, o que demonstra a força delas nas decisões", conclui Vilmar.

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