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Dilma volta a prometer redução na conta de luz

OESP, Economia, p. B7
18 de Out de 2012

Dilma volta a prometer redução na conta de luz
Presidente reafirmou a promessa em discurso durante a inauguração da hidrelétrica de Estreito, na divisa do Tocantins com o Maranhão

IURI DANTAS , ENVIADO ESPECIAL / ESTREITO (MA)

Em meio à polêmica sobre a renovação das concessões do setor elétrico, nos moldes desejados pelo governo, a presidente Dilma Rousseff voltou a prometer ontem a redução da conta de luz dos brasileiros a partir de janeiro de 2013.
"Pagamos toda a universalização, então uma parte do que a gente recolhia para fazer isso estamos devolvendo ao povo. É por isso que vamos reduzir a conta de luz em janeiro", disse Dilma durante inauguração da hidrelétrica de Estreito, na divisa do Tocantins com o Maranhão.
Dilma ocupou cadeia de rádio e televisão na véspera do feriado de 7 de Setembro para anunciar que renovaria as concessões do setor elétrico que venceriam nos próximos anos, obtendo ao mesmo tempo redução de 16,2% na conta de luz do consumidor e de até 28% para a indústria, que consome mais.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, ontem, que não houve apresentação de documentos para renovação de 14 usinas hidrelétricas, entre elas três da Cemig, que defende a manutenção da concessão por mais 20 anos sem alteração no preço da energia produzida.
A presidente discursou na inauguração da usina de Estreito, que pode injetar até 1.087 megawatts (MW) de energia no sistema interligado nacional. A concessão foi feita antes da alteração do marco regulatório do setor, mas foi construída sob as novas regras.
"Inaugurar essa usina de Estreito é para mim hoje um momento especial porque estamos comemorando anos a fio de dedicação, trabalho, empenho e teimosia", afirmou. "Porque tem muito de teimosia para fazer essa usina, considerando todos os problemas de ordem institucional, regulatório e de equacionamento econômico e financeiro."
Modelo. No seu discurso, marcado pela celebração do novo marco regulatório do setor elétrico, desenvolvido por ela mesma quando ministra de Minas e Energia no governo Lula, a presidente defendeu a opção pela hidreletricidade como fonte renovável, e o retorno à sociedade dos investimentos na construção de usinas.
"Fizemos um grande esforço para estabilizar o setor elétrico no Brasil, para que não haja racionamento, para que as melhores práticas de segurança sejam implantadas", disse. "Tinha uma coisa que me incomodava muito e me deixava até envergonhada, era o fato de que vivíamos num país muito grande e muita gente vivia sem energia elétrica."
Ao descrever ações sociais para pescadores na região, organizados em sete cooperativas, que passarão a explorar a pesca na área do reservatório de Estreito, Dilma informou que após as eleições lançará um programa para a o desenvolvimento da pesca em reservatórios.

OESP, 18/10/2012, Economia, p. B7

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