A Crítica-Manaus-AM
29 de Abr de 2002
O difícil a Apuí acesso gerou uma situação inusitada ano passado. O prefeito lembra que em maio, os índios da tribo tenharim, localizados no Km 120 da BR-230, fizeram reféns o vice-prefeito, Aminadal Gonzaga, e o vereador Pedro Ponciano, durante uma semana.
Neste período, o governador Amazonino Mendes resolveu a situação de forma emergencial, liberando recursos para recuperar o trecho mais crítico na época, que totaliza os últimos 180 quilômetros antes de chegar a Apuí. "Ano passado ficamos diversas vezes racionando a energia e uma semana em apagão geral", informa Roque Longo.
Comércio, indústria, açougues, frutas, frios, além do desconforto de ficar sem luz, água e ar-condicionado, que funciona nas casas com as bombas d'água, são exemplos do que a população têm enfrentado com freqüência. "Existe um gerador no hospital, mas não pode ser usado continuamente, ou seja, ficamos sem autoclaves, esterilizadores e bombas de oxigênio." Cerca de 2 mil alunos ficam sem estudar porque nessa situação as aulas são suspensas à noite.
O Município utiliza em torno de 6 mil litros de óleo diesel por dia, informa o prefeito, advertindo que a população está em alerta geral. "Eu e os vereadores estamos tentando todos os meios possíveis, mas não sabemos mais o que fazer."
O gerente regional de Operações Norte da Petrobrás Distribuidora, Luís Marcos Nascimento Gomes, avisa que a empresa resolveu retomar o abastecimento a partir de hoje, atendendo ao pedido de socorro da Prefeitura de Apuí. "Mas os motoristas estão orientados a qualquer sinal de risco, especialmente nas pontes, a voltar ao porto de partida que fica em Porto Velho."
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