G1 Bauru e Marília - https://g1.globo.com
Autor: Clara Sganzerla
09 de Ago de 2024
Data é celebrada nesta sexta-feira (9) e para homenagear a cultura e costumes dos indígenas, o Observatório da Unesp de Bauru (SP) realiza um evento sobre o tema neste sábado (10).
Nesta sexta-feira (9) é comemorado o Dia Internacional dos Povos Indígenas e um dos temas de pouco divulgados sobre os indígenas é o conhecimento deles sobre as estrelas, que resultaram inclusive na determinação de constelações de origem indígena.
Para marcar a data e também explicar como funciona a chamada astronomia cultural, Observatório de Astronomia da Unesp de Bauru (SP) realiza, neste sábado (10), um evento gratuito sobre o assunto, como homenagem e reconhecimento dos costumes culturais dos povos originários.
📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp
A astronomia cultural é definida como uma área de pesquisa que investiga as práticas astronômicas e a interpretação do céu pelas diferentes culturas, além dos fenômenos astronômicos que estão relacionados à sobrevivência, localização espacial e temporal.
Ela reconhece a importância desses saberes tradicionais na compreensão do universo e na formação de significados culturais ligados ao céu, como a identificação de padrões estelares e a interpretação dos movimentos celestes. Essas interpretações relacionam-se com os períodos de seca e chuva, as fases da lua e as estações do ano.
"Ao estudar a maneira como diferentes povos interpretam o cosmos, podemos entender melhor os conhecimentos científicos, mas também os filosóficos, espirituais e práticos de determinadas culturas", destaca o pesquisador em Educação em Astronomia Cultural Indígena, Gleyson Miranda de Souza, doutorando do programa de Educação para Ciência da Unesp de Bauru.
Constelações indígenas
No Brasil, várias constelações indígenas já foram documentadas pela Unesco em colaboração com a União Astronômica Internacional (IAU), como a Constelação da Ema e a Constelação do Homem Velho.
"Algumas constelações indígenas amazônicas, por exemplo, possuem nome característicos de nossa região como a Constelação da Anta do Norte, do Veado, Canoa, Homem Velho, Ema, Arapuca, Cobra, entre outras. Na educação, tal temática pode ser muito importante para o aprendizado dos alunos, pois faz a conexão dos saberes originários e os científicos", explica Gleyson.
"O estudo das constelações nas culturas indígenas envolve a identificação das figuras celestes e a compreensão de seu significado cultural. Investiga-se o papel que essas constelações desempenham em sua vida cotidiana, como na agricultura, pesca, navegação, caça, plantio, orientação espacial e temporal. Por meio de tais estudos, é possível comparar e analisar essas constelações com as que conhecemos na astronomia como oficiais, pela União Astronômica Internacional (IAU)" , completa.
Dia Internacional dos povos indígenas
O dia 9 de agosto foi definido em uma Assembleia Geral das Nações Unidas em 1994, dedicado em homenagear e reconhecer os costumes culturais, promovendo a conscientização e inclusão dos povos originários na sociedade. No Brasil, a data também é celebrada nacionalmente no dia 19 de abril.
O evento sobre astronomia cultural acontece neste sábado, das 19h às 22h, no Observatório Didático de Astronomia da Unesp de Bauru localizado na Estrada Municipal José Sandrin - Chácaras Bauruenses - dentro do IPMet.
* Sob a supervisão de Mariana Bonora.
Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília
https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2024/08/09/dia-internacio…
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.