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09 de Mai de 2024
Desmatamento cai na Amazônia e no Pantanal
Para Marina Silva, queda reflete ações de fiscalização e também instrumentos econômicos, creditícios e aportes de recursos
Murillo Camarotto
09/05/2024
O desmatamento na Amazônia Legal somou pouco mais de 9 mil km2 entre 1o de agosto de 2022 e 31 de julho de 2023, o que representa uma queda de 21,8% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior, informou ontem o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Os dados são do Prodes, sistema mais completo de monitoramento via satélite utilizado pelo governo.
De acordo com o mesmo sistema, a devastação do Pantanal também registrou queda no período analisado, de 9,2%, com 723 km2 desmatados. Por características próprias, o Pantanal é um bioma tecnicamente mais difícil de ser monitorado, segundo informou Claudio Almeida, coordenador do programa Biomas BR, ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Ele disse que o sistema Prodes passou a medir também o desmatamento nas vegetações não florestais da Amazônia, que compreendem quase 280 mil km2 na região. "É uma área muito significativa, quase duas vezes maior que o Pantanal", explicou Almeida. Nessas regiões, houve queda de 19% no desmatamento.
O Deter, outro sistema usado pelo governo, consegue realizar monitoramentos em bases mensais, embora menos detalhados. Os dados mais recentes mostraram queda de 55% do desmatamento na Amazônia entre agosto de 2023 e abril de 2024, com 2,6 mil km2 de área devastada.
Já no Cerrado, que vem enfrentando maiores dificuldades de preservação, o Deter apontou um crescimento de 27% no desmatamento entre agosto e abril, com destruição de quase 5 mil km2. Os dados anuais do Deter sobre este bioma já haviam sido divulgados em dezembro do ano passado e mostraram crescimento de 3% em relação a 2022.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, celebrou os resultados, que para ela refletem uma combinação de fatores.
"Há um grande resultado em relação à Amazônia já alcançado. Esses resultados são uma combinação de instrumentos, da ação de fiscalização, mas também ações voltadas para os outros eixos do plano de combate ao desmatamento, como instrumentos econômicos, creditícios e aportes de recursos", afirmou a ministra.
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