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Desmatamento cai na Amazônia e no Cerrado

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Autor: Nathália Clark
12 de Abr de 2011

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, divulgou na quarta (6) em Brasília os novos dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entre agosto de 2010 e fevereiro de 2011, o desmatamento na Amazônia caiu 7,1% em relação ao mesmo período entre 2009 e 2010. No Cerrado, a queda foi de 0,69% para 0,37% ao ano.

No mesmo período, na Amazônia, registros do Deter apontam que em alguns estados como Roraima e Mato Grosso o desmatamento diminuiu em até 77%. Em outros, como o Acre, foi detectado aumento de até 181%. Mesmo com a queda anual, o Mato Grosso liderou o desmatamento na Amazônia nos primeiros dois meses deste ano, com 14,39 km² derrubados.

Outro dado divulgado aponta que em 2010 houve redução de 23% do desmate entre os 43 municípios que mais devastam o bioma. Nos 36 que entraram para a lista em 2008, houve uma redução de 29%. Já nos que entraram para a lista em 2009 foi registrado aumento de 11%. Uma boa notícia é que o município de Querência (MT) conseguiu deixar a lista.

Cerrado

Da área total do Cerrado, 2.039.386 km², foram desmatados 85.047 km² entre 2002 e 2008, o que dá uma média de 14,2 mil km² por ano. Entre 2008 e 2009 o ritmo da derrubada caiu quase pela metade, o que fez a taxa anual chegar a 7,6 mil km².

Apesar da redução, o bioma ainda é um dos mais ameaçados do país. No total acumulado até 2009, o desmatamento no Cerrado passou de 43,6% para 48,2% da cobertura original, quase 1 milhão de km². O estado que está em primeiro lugar na destruição é o Maranhão e o último, Rondônia, que retirou menos de 1 km² de vegetação nativa. Segundo o levantamento, a devastação está ligada à produção agropecuária e à indústria do carvão.

"Existe uma tendência forte de desmatamento na região do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. E são esses estados que vão demonstrar se o plano de controle do desmatamento no Cerrado vai ou não funcionar. Na Amazônia, de agosto a dezembro é período de chuvas, então não serve tanto como parâmetro. O certo é que existe uma pressão nova: o preço dos grãos está em alta. Com o início das secas e principalmente por conta do fator relatório Aldo Rebelo, a tendência é de subida novamente", afirma Nilo D'Ávila, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace.

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