VOLTAR

Desaparecido há 15 horas, menino indígena é encontrado morto enroscado em cerca elétrica de aldeia

G1 https://g1.globo.com/
Autor: Graziela Rezende
20 de Nov de 2018

Um adolescente indígena, de 14 anos, foi encontrado morto nesta-feira (20), na aldeia Bororó, que fica proximidades da MS-156, em Dourados, a 214 km de Campo Grande. Uma pessoa passava pelo local, por volta das 5h (de MS), quando viu a vítima enroscada e entrou em contato com a polícia. Ao apurar o fato, a investigação constatou que a cerca, de apenas 75 centímetros, estava ligada na rede de energia elétrica.

"A polícia ainda vai investigar qual era o motivo do adolescente tentar entrar na casa de outro indígena ali da aldeia. O fato dele tentar entrar causou a morte porque a cerca estava eletrocutada, sem nenhuma placa de advertência ou sinalização. Estava ligada direto no padrão de energia, além de ser baixa e totalmente em desacordo com a lei. Por conta disto, entendemos que o proprietário assumiu o risco do dolo, o risco de morte e agora ele vai responder por homicídio doloso", disse ao G1 o delegado José Carlos Almussa, responsável pelas investigações.

Ainda conforme a polícia, o proprietário de 44 anos chegou durante a madrugada, viu o corpo da vítima e não acionou socorro. "Ele disse que estava trabalhando e não foi até o adolescente verificar como ele estava, bem como não desligou a cerca. Somente fez isto quando houve aglomeração no local", explicou Almussa.

Conforme uma testemunha, que prefere não se identificar, o adolescente saiu de casa por volta das 16h, dessa segunda-feira (19). Desde então, não foi mais encontrado. "A pessoa passou e achou estranho o jeito em que o corpo estava, com as mãos presas e levantadas. Ele então acionou a polícia e constatamos o óbito. Já o dono do local disse que foi alvo de diversos assaltos e por isto decidiu colocar a cerca", comentou.

https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2018/11/20/desaparec…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.