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Deracre constrói ramal que garante desenvolvimento sustentável

A Tribuna-Rio Branco-AC
19 de Set de 2002

O Deracre (Departamento de Estradas de Rodagem do Acre) conclui esta semana o ramal São João do Guarani, de 42 quilômetros, dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes, em Xapuri.

As obras de reabertura e conservação do ramal foram iniciadas há 60 dias, com recursos próprios, como observa o engenheiro do Deracre, Luiz Fernando Ferraz, e construída uma ponte de madeira e 28 linhas de bueiros.

Ele garante que a estrada não agride a floresta, foi feita como se fosse uma trilha ambiental, respeitando castanheiras e nascentes de igarapés. Na semana passada Sérgio Nakamura, diretor-geral do órgão, entregou outro ramal de 30 quilômetros construído dentro da Reserva Extrativista Porto Dias, no município de Acrelândia.

VISÃO
O deputado petista Ronald Polanco tem a vida dedicada à região de Xapuri e Brasiléia, 19 anos de luta voltada para o desenvolvimento sustentado das riquezas da mata, onde acredita que o progresso do Acre passa necessariamente por esse equilíbrio ambiental, onde o homem é a meta desse modelo de extrativismo florestal.

Ele elogia a postura de Sérgio Nakamura, que tem levado o Deracre a trabalhar dentro dessa ótica ambiental, enxergando o futuro, implementando infra-estrutura em regiões estratégicas que dêem retorno ao Estado. O Deracre nessa nova era, como salienta o deputado Polanco, está em sintonia com o futuro, preocupado em fixar o homem no campo e criar condições de geração de empregos e rendas.

POTENCIAL
Seringais como Icuriã, Vai Quem Quer, Cachoeira, São João do Guarani, Porto Dias, são áreas exclusivas para o desenvolvimento florestal, com grande potencial madeireiro e que se explorada dentro desse modelo extrativista garante renda suficiente para as famílias viverem dignamente, além de gerar empregos nos Pólos de Indústrias Florestais.

Assegura Polanco que somente no São João do Guarani tem 180 famílias e que estão integradas no projeto de manejo florestal, assentadas numa área de 500 metros de cada lado da margem ao longo de 32 quilômetros do ramal; os primeiros 10 quilômetros estão ocupados com atividade pecuária:

"Isso equivale a explorar um potencial madeireiro de 32 mil hectares de floresta, modelo que vai garantir atividade com renda por muitas décadas sem acabar com a floresta, beneficiando madeira com tráfego livre porque ela terá o selo verde do Conselho de Manejo Florestal (FSC) que é o sistema de certificação florestal mais rigoroso e com maior credibilidade no mundo".

ATRAÇÃO
A partir da exploração da madeira certificada, com reposição prevista, é que vai garantir áreas de desenvolvimento sustentável, inclusive com ramais asfaltados como é pensamento do governador Jorge Viana para garantir o escoamento da produção o ano inteiro.

É dentro dessa perspectiva econômica do desenvolvimento sustentável pela iniciativa privada que o Acre quer atrair empresários do setor florestal, tanto regional quanto nacional e até mesmo com capital internacional para investir no Estado.

Matérias exaltando essa potencialidade da floresta foram recentemente veiculadas pelo Jornal Nacional e pela revista Ícaro, da Varig. Os empresários estão chegando, como ressalta Polanco, animados com os nichos de negócios que brotam da floresta acreana a partir dessa acanhada divulgação na grande mídia.

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