Deputado diz que questão fundiária de Roraima será resolvida até dezembro

O deputado federal Almir Sá afirmou que as pendências referentes às questões fundiárias de Roraima estão com os dias contados. Embora sem determinar data, o deputado disse que as negociações já estão bastante adiantadas.
"Agora é só uma questão de tempo, acredito até devido a conjuntura política que o Estado vive no momento", disse informando que esteve recentemente com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. "O presidente garantiu que estaria anunciando em breve uma solução para essa questão fundiária", revelou.
De acordo com Almir Sá, o presidente afirmou que não só o fim do problema da questão fundiária estaria sendo anunciado, mas também um pacote de ações que beneficiariam todo o Estado.
"O fato das freqüentes viagens do presidente ao exterior tem atrapalhado um pouco o final do conjunto de decisões que o Estado tanto espera, mas acredito que em breve, no máximo até dezembro, receberemos o comunicado de um desfecho final bastante favorável a Roraima", ressaltou.
O pacote de ações a ser desenvolvido em Roraima, declarou Sá, já foi analisado pelos respectivos ministérios que já entregaram o relatório final ao presidente. E embora tenha afirmado que esse pacote de ações esteja guardado a 'sete chaves', ele destacou algumas ações que fazem parte do pacote.
"Entre elas consegui apurar que será dada a titulação das terras até 1.500 hectares, por parte do Incra, existe ainda a perspectiva de emancipação de alguns assentamentos no sul do Estado, a exemplo de Anauá e Jatapú para eliminar alguns conflitos e, acesso ao crédito pelos produtores de forma mais prática além de outras ações que por não ter a certeza plena não vou relacionar agora, mas que tenho a convicção que estará no pacote que será apresentado até dezembro", ressaltou.
Quanto à reserva indígena Raposa/Serra do Sol, o deputado afirmou que não estará incluída nesse pacote.
"O presidente se posicionou favorável à inclusão da Raposa/Serra do Sol nesse pacote e definir de uma vez por todas essa questão, mas infelizmente é uma questão que está no poder Judiciário e foge da esfera do governo", afirmou.
Sobre o comentário da liberação de possíveis recursos programados para a área agrícola e o desenvolvimento do Estado, em troca da área indígena pretendida pela Funai, o deputado disse desconhecer esse tipo de informação.
"Desconheço essa transação, mas minha opinião pessoal é de que é possível um programa de recursos para aplicação no Estado. Mas como não é nada oficial, prefiro dizer que não sei de nada, até porque muitas coisas podem mudar até lá. Espero que venham sim esses recursos, não em troca de alguma coisa, mas para o crescimento e desenvolvimento do Estado", ressaltou. (R.R)