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Deputado Alexandre Brito critica aparato militar no Bom Futuro e pede novo prazo ao MMA

Rondonoticias - www.rondonoticias.com.br
21 de Mai de 2009

O deputado Doutor Alexandre Brito (PTC) criticou o emprego militar na Floresta Nacional do Bom Futuro, e defendeu um novo acordo com o Ministério do Meio Ambiente no sentido de aguardar o cadastramento a ser iniciado na próxima semana pelo Incra. No entendimento do parlamentar, só depois de concluído este levantamento e a acomodação destes agricultores em outras áreas, é que se poderia então proceder a retirada dos gados da referida região.

De acordo com o deputado Doutor Alexandre Brito o grande culpado por esta situação é o próprio Governo, através de seus inúmeros organismos principalmente o Incra e o Ministério do Meio Ambiente. Disse ele existir agricultores com mais de onze anos trabalhando na região, o que demonstra o descaso, a inoperância e a incompetência destes organismos durante todo este período.

"O Governo agora trata humildes colonos como bandidos, empregando táticas de guerra. Usa o Exército, Polícia Federal e Polícia Militar, mas se esquece que num passado recente, a propaganda espalhada em todo o país, era convidando estas pessoas a virem para a Amazônia. Integrar para não entregar. O Governo não fez seu dever de casa, estas pessoas não são bandidos para serem tratados desta forma", observou o parlamentar.

Segundo o deputado, os militares do Exército seriam mais bem empregados se estivessem numa operação permanente de combate ao narcotráfico, no tráfico de armas e veículos nas regiões de fronteira. Destacou ele que a retirada dos gados neste momento é um ato de violência de um ministro que quer aparecer a qualquer custo e desconhece o povo da Amazônia.

A Floresta Nacional de Bom Futuro fica ao sul da capital do estado, Porto Velho. Criada em 1988, a reserva já perdeu cerca de 25% de sua cobertura vegetal, segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Hoje, cerca de 3 mil pessoas moram no local, onde são criadas 35 mil cabeças de gado. Na próxima terça-feira (26), oito fiscais do Incra começarão a cadastrar as famílias que moram no local. Eles pretendem descobrir quais são as pessoas que estão aptas a receber terras por meio da reforma agrária.

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